
SILVIO CALDAS

JOÃO E MARIAZINHA
Autor: Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)
Os nomes são fictícios, mas a história é verdadeira. Ocorreu na semana que passou, em São Paulo.
João era o pai de Mariazinha, a qual contava com apenas nove anos de idade. Filha única, não podia ver o pai que saia correndo para abraçá-lo e beijá-lo.
João é motorista de caminhão. Estava dirigindo o veículo e, chegando perto de sua casa, Mariazinha largou a mão da mãe e saiu correndo para pegar uma carona na carroceria do caminhão. Escorregou, caiu, teve o crânio esmagado e morte imediata. Os pais estão inconsoláveis. Tragédia medonha.
E por que estou repassando essa história tão triste?
Por que nosso mundo está tão cheio de lamentações tolas, tão, vazias, tão fúteis, que é bom pararmos um pouco e refletir na dor que tomará conta de João para o resto da vida. Esta, sim, dor incurável, que só Deus pode dar jeito.
Não bastasse tanto, o delegado das redondezas está pensando se vai abrir ou não inquérito para apurar a "culpabilidade" de João. São os rigores das leis dos homens, que às vezes se pretende acima das leis de Deus.
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