domingo, 30 de março de 2014

A DEMOCRACIA UTRAJADA - ARTIGO DE TOMISLAV R FEIMICK (*)



TOMISLAV R. FEMINICK 

 Várias foram as causas que deram origem ao golpe militar de 1964. Em primeiro lugar, no Brasil de então o conceito de democracia era muito propalado e pouco praticado por todas as correntes políticas. No meio militar ainda pontificavam as lideranças do movimento tenentista nascido nos anos 1920, quando oficiais de patentes inferiores lutaram pela derrubada do governo; alguns integrantes do governo Goulart propunham o fechamento do Congresso Nacional; as esquerdas sonhavam com a ditadura do proletariado; em várias ocasiões líderes dos grandes partidos (UND, PSD e até do PTB) se posicionaram pela derrubada de governos eleitos constitucionalmente. Talvez a exceção tenha sido Juscelino Kubitschek. O despontar da crise O começo da crise que gerou o golpe militar deu-se no dia 25 de agosto de 1961, quando o presidente Jânio Quadros enviou mais um dos seus bilhetes. Dessa vez ao Parlamento Brasileiro, muito embora que em forma de ofício: “Ao Congresso Nacional. Neste dia, e por esse instrumento, deixando com o Ministro da Justiça as razões do meu ato, renuncio ao mandato de Presidente da República. A) J. Quadros. Brasília, 25.08.61”. De pronto, o Congresso aceitou a renuncia. Como o vice-presidente João Goulart estava na China, presidindo uma comitiva que estava em visita oficial àquele país, a Presidência da Republica foi ocupada, provisoriamente, pelo presidente do Congresso, o deputado federal Ranieri Mazzili. Essa medida, obviamente, tinha caráter provisório. Todavia, mesmo obedecendo aos procedimentos legais para o caso, foi o instrumento usado para que houvesse tempo necessário para se encontrar uma solução para o problema. Isso porque havia um prenúncio, um prognóstico de choques, se não de luta, vistos que nas Forças Armadas duas correntes se posicionavam em lados contrários. Havia entre os militares um movimento contrário ao vice-presidente João Goulart e, consequentemente, contra a sua investidura no posto máximo de comando da nação. Esse movimento tinha livre trânsito nos ministérios da Guerra, Marinha e Aeronáutica. Por isso queriam que o Congresso decretasse um impeachment para Jango. Outros militares, estes legalistas, defendia a posse do vice-presidente no cargo de Presidente da República tão logo regressasse ao país – até participaram da chamada “cadeia da legalidade”. O marechal Henrique Teixeira Lott (ex-ministro da Guerra, no governo de Juscelino) se declarou ao lado de Jango e foi preso, fato que levou outros militares a se posicionarem também pela sucessão prevista na Constituição. Esse ambiente de pré-conflagração foi confirmado pelo presidente provisório, deputado Ranieri Mazzilli, em mensagem dirigida ao presidente do Senado, senador Auro de Moura Andrade, três dias após a renúncia de Jânio: “na apreciação da atual situação política, criada pela renuncia do Presidente Jânio Quadros, os Ministros Militares, na qualidade de chefes das Forças Armadas, responsáveis pela ordem interna, manifestaram a absoluta inconveniência, de motivo de segurança nacional, do regresso ao país, do Vice-Presidente da República João Belchior Marques Goulart”. O Brasil parlamentarista Pressionado pelos acontecimentos e pela possibilidade de uma guerra civil, o Congresso aprovou uma emenda constitucional, instituindo o parlamentarismo no Brasil, regime que reduz em muito o poder do Presidente da República. A Constituição foi emendada e, no dia 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu o posto de Presidente constitucional do Brasil, com mandato previsto para até 31 de janeiro de 1966. Seu Primeiro Ministro era Tancredo Neves. A emenda constitucional do parlamentarismo continha, também, a determinação para que fosse realizado um plebiscito, mesmo depois de alterado o regime, oportunidade em que os eleitores deveriam opinar sobre suas preferências com relação à forma de governo para o país; se presidencialista, o sistema anterior, ou parlamentarista, o sistema vigente. O plebiscito foi realizado em janeiro de 1963, ocasião em que o povo escolheu a volta do presidencialismo – quase nove milhões e meios de votos para o presidencialismo, contra menos de dois milhões e 100 mil para o parlamentarismo. Jango, então, obtém plenos poderes, aqueles que lhe foram dados pelo povo, na eleição e no plebiscito. O Brasil volta à crise Se antes de assumir a presidência João Goulart já imprimia medo nos meios conservadores, principalmente entre os militares e parte do empresariado, a sua atuação como Presidente – tanto no sistema Parlamentarista como Presidencialista – agravou esse medo. Suas promessas de reforma agrária, fiscal, política e universitária iam muito além do que a elite do país poderia suportar. Mesmo que sua intenção fosse tão somente modernizar as estruturas políticas e socioeconômicas do país, como meio de vencer o subdesenvolvimento e os problemas da inflação e pobreza. Sua aproximação com alguns movimentos de esquerda desgastou mais ainda sua imagem junto aos conservadores de centro e de direita, que o atacaram denominando-o de subversivo. Alguns segmentos da esquerda também questionavam as tendências do governo Goulart. Segundo Francisco Iglécias (1993): “A esquerda reclama cada vez mais, julga-o comprometido com o imperialismo e o latifúndio, enquanto o centro e a direita o atacam como subversivo. As greves se sucedem, há generalizada desconfiança, com acusações de golpismo, da esquerda à direita, da direita à esquerda [...]. Os políticos, convencionais ou centristas, o recusam por motivos óbvios; as organizações populares também, pelo temor de ser usado contra elas”. As divergências entre Brizola e Jango eram exemplos da queda de braço que o presidente mantinha com a ala mais radial da esquerda, que acusavam seu governo de fazer composição com setores conservadores e imperialistas. As negociações para a estatização das instalações da American and Foreign Power Co. (AMFORP) – uma empresa controlada pela Eletric Bond and Share – por US$ 135 milhões, acirraram as divergências, pois essa esquerda considerava que o valor negociado era exorbitante. Leonel Brizola, deputado federal, ex-governador gaúcho e cunhado de Jango acusou os ministros da Guerra, da Fazenda e da Indústria e Comércio de “traidores dos interesses nacionais” e, liderando as forças nacionalistas de esquerda, ameaçou romper com o governo se as negociações com o grupo norte-americano fossem levadas à frente. O Rio Grande do Norte também foi palco de batalha entre as forças ditas desenvolvimentistas e nacionalistas, travadas durante o governo de João Goulart. Quando candidato a governador, Aluízio Alves, líder udenista que terminou se elegendo pelo rival PSD, apresentou uma proposta de desenvolvimento econômico para o Estado; essas foram consideradas inexequíveis, pois faltavam recursos. Aluízio foi busca-los no programa Aliança para o Progresso, um plano de ajuda econômica e social do governo dos Estados Unidos para a América Latina, com investimentos de 20 bilhões de dólares, oriundos de diversas organizações internacionais, inclusive alguns países europeus e empresas privadas. Moniz Bandeira (1999) afirma que o programa norte- americano defendia “a reforma tributária, a reforma agrária e a estabilização dos preços dos principais produtos de exportação, ao mesmo tempo em que visava estimular as empresas privadas dos Estados Unidos a investirem mais nos países da América Latina e a mergulharem em suas economias, associadas aos capitais nacionais. O corolário político do programa de Kennedy seria, por conseguinte, o ‘apoio inequívoco à democracia’, principalmente à ‘democracia progressista’ ou esquerda democrática”. A Aliança para o Progresso talvez tenha sido o projeto mais arrojado da política externa dos Estados Unidos, depois do Plano Marshall, seu principal instrumento para a reconstrução da Europa Ocidental, nos anos seguintes que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, quando cerca de US$ 13 bilhões foram gastos como assistência técnica e econômica — valor que hoje equivaleria a algo em torno de US$ 130 bilhões. O Rio Grande do Norte foi grandemente beneficiado pelos recursos da Aliança. O Estado recebeu recursos financeiros e equipamentos que foram direcionados ao ensino públicos, ao abastecimento de água e aos serviços de eletricidade e telefonia. Entretanto, as correntes da esquerda mais radical ficaram contra a entrada desses recursos para o Estado e fizeram estardalhaço. No dia 5 de maio de 1963, enquanto o governador Aluízio Alves oferecia um banquete ao embaixador norte-americano Lincoln Gordon, que contava com a presença do General Antonio Carlos Muricy, comandante da 7ª. Divisão de Infantaria, sediada em Natal, o deputado federal Leonel Brizola atacou frontalmente a ambos, em um comício organizado pela Frente Nacionalista do Rio Grande do Norte, tendo à frente o prefeito Djalma Maranhão. Segundo Hélio Silva (1975), Brizola atacou o General Muricy nos seguintes termos: “Acusou-o de gorila e golpista [...]. Faz apelos para que os soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica pegassem em armas, em defesa das reformas de base. Declarou ser necessário ‘colocar mais fogo na fogueira e aumentar a pressão contra o Congresso para conseguir a aprovação das reformas indispensáveis à vida brasileira’ [...]. E Brizola disse mais que apresentaria ao Presidente da República uma ‘representação contra o Embaixador Gordon’, considerando-o persona non grata ao governo brasileiro, pois agia em nosso País, com ‘autentico inspetor de colônia’. Também atacou a Aliança para o Progresso e concitou o povo a expulsar do País os ‘agentes do imperialismo ianque’ [...]. Na manhã seguinte, às 11 horas, o Comandante da Guarnição Militar recebeu uma manifestação de desagravo por parte de todos os oficiais das três armas sediadas em Natal. Compareceram também sargentos, suboficiais e entidades civis [...]. O episódio de Natal, entretanto, serviu como um teste. A oficialidade brasileira podia ser unida”. Esse clima de confronto ideológico, as greves meramente políticas que paralisavam o transporte urbano e interurbano, os bancos, o comércio, a indústria, bem como as greves estudantis, criaram um cenário de falta de poder. Em julho e setembro de 1962 tinham acontecido duas greves gerais, com saques às lojas e morte de quase 50 pessoas, além de ferimentos em cerca de 500. A partir daí a oposição passou a considerar os movimentos paredistas como instrumento de pressão usado pelo governo. O dia 13 de março de 1964, uma sexta-feira, marca o começo do fim do governo Goulart. Em um grande comício, realizado na praça em frente à Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 250.000 pessoas, Jango assumiu suas aliança com as lideranças sindicais e de esquerda. Novamente Brizola fez um dos seus discursos radicais, talvez o mais radical de todos eles: “Os discursos começaram às cinco horas da tarde. Um dos mais inflamados foi o de Leonel Brizola, que dramaticamente apelou para que se fechasse o Congresso e para que se efetuasse um plebiscito para se instalar uma Assembleia Constituinte com o propósito de criar um congresso popular, constituído de trabalhadores, camponeses, sargentos, oficiais nacionalistas e autênticos homens do povo” (PARKER, 1977 – grifo nosso). A participação do presidente no comício foi mais prática e menos inflamada. Em praça pública assinou dois decretos. Um estatizando as refinarias Capuava, Ipiranga, Manguinhos, Amazonas e Rio-Grandense, anexando-as à Petrobrás; outro declarando que estavas sujeitas à desapropriação as faixas de terra de dez quilômetros ao longo das rodovias e ferrovias federais, bem como as propriedades de mais de trinta hectares, localizadas nas bacias dos açudes públicos federais. No seu pronunciamento, anunciou um decreto para o controle dos aluguéis e que encaminharia ao Congresso mensagem propondo as reformas tributária e universitária e o direito de voto para os analfabetos e pracinhas. O presidente João Goulart encerrou suas palavras dizendo: “Sei das reações nos esperam, mas estou tranquilo, acima de tudo porque sei que o povo brasileiro já está amadurecido, já tem consciência da sua força e da sua unidade, e não faltará com o seu apoio às medidas de sentido popular e nacionalista [...]. Hoje, com o alto testemunho da Nação e com a solidariedade do povo, reunido na praça que só ao povo pertence, o Governo, que é também o povo e que também só ao povo pertence, reafirma os seus propósitos inabaláveis de lutas com todas suas forças pela reforma da sociedade brasileira”. No dia 24, marinheiros e fuzileiros navais se reúnem no Sindicato dos Metalúrgicos e apresentam uma série de reivindicação ao Ministério da Marinha, fato este considerado indisciplina e quebra da hierarquia. O Ministro da Marinha, Almirante Silvio Frota, decretou a prisão dos organizadores da solenidade. Todavia, o contingente de fuzileiros navais incumbido de executar a ordem de prisão adere à rebelião. Diante da gravidade da situação, o ministro apresenta sua demissão, que é aceita pelo presidente. Jango intervém e medeia uma solução: os marinheiro e fuzileiros rebelados seriam mandados para um quartel do Exército, onde ficariam presos, aguardando a abertura de um inquérito para apurar os acontecimentos. Depois de detidos por algumas horas, os marinheiros foram libertados e saíram em passeata até o Ministério da Marinha, onde se concentram. Era a intensificação da crise militar do governo Jango, que se agravou mais ainda com a presença do presidente em uma reunião convocada para comemorar o aniversário da Associação dos Suboficiais e Sargentos da Policia Militar da Guanabara. Nada disso era do contento das Forças Armadas. A ditadura senta praça As forças de ração a Goulart também estavam se mobilizando, só que em duas frentes: uma civil e outra militar. Seis dias depois do comício do Rio, houve em São Paulo a “Marcha com Deus pela Liberdade”, organizada por setores da igreja católica, pelo governo do Estado, Sociedade Rural Brasileira, União Cívica Feminina e por quase todas as forças contrárias à política do governo federal. Como que abstraído ou desinformado do que se passava em seu entorno, no dia 30 de março o presidente comparece àquela Assembleia de suboficiais e sargentos do Estado da Guanabara, onde faz um discurso de improviso acusando a oposição, se defendendo dos supostos propósitos ilegais e se dizendo preparado para enfrentar qualquer quebra da ordem constitucional. Naquele mesmo instante, os militares se preparavam para o golpe. A radicalização das posições de esquerda e de direita no início de 1964 terminou por provocar a arregimentação de tropas militares. Primeiro em Minas Gerais, no dia 31 de março, sob o comando do general Olímpio Mourão Filho, que teria se antecipado a um melhor momento, pois se aposentaria no dia 9 de maio seguinte. Não houve resistência. Pelo contrário, vários comandos militares regionais aderiram à sublevação. No dia 1º de abril, a facção das Forças Armadas contrária à tendência esquerdizante do governo de Jango tomou o poder. O presidente foi para Brasília para tentar organizar as forças que o apoiavam, porém não encontrou apoio para reagir ao golpe. Foi para o Rio Grande do Sul e, depois, pediu asilo político ao Uruguai. Era o fim de uma era e o princípio de outra; o período dos presidentes militares, de início veladamente autoritário, depois declaradamente ditatorial e antidemocrático. A Presidência da República foi declarada vaga e Ranieri Mazzilli mais uma vez assumiu o cargo em caráter interino, enquanto o autointitulado Comando Supremo da Revolução estruturava o novo governo. No dia 2 de março, os Estados Unidos reconheceram o “governo revolucionário”. A junta militar editou um Ato Institucional no dia 9 de abril que dava ao governo militar o poder de alterar a Constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por até dez anos, demitir funcionários públicos e de empresas controladas pelo governo, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública. Determinava, ainda, eleições indiretas para a presidência da República. Sua vigência expiraria no dia 31 de janeiro de 1966. O presidente, escolhido pelos militares e eleito em apenas dois dias, foi o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Foi eleito no dia 11 e tomou posse no dia 15 de abril. Uma das suas primeiras medidas, sob o eufemismo do “saneamento político”, foi a cassação dos direitos políticos de 378 pessoas, entre os quais três ex-presidentes da República (Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart), seis governadores e 55 integrantes do Congresso Nacional. Por conta de um “saneamento moral e administrativo”, dez mil funcionários públicos foram demitidos e abertos processos de investigação contra cerca de quarenta mil outras pessoas. O ano seguinte, em 1965, marca o fim dos parcos poderes que os civis tinham na administração no governo militar. A eleição dos governadores dos Estados foi truncada pela intervenção do poder militar e a ala dura assume de vez o poder público do país. A democracia foi retirada de cena e subiram ao palco os anos de chumbo, uma mancha negra na história do país. Cerceamento da liberdade, prisões, torturas e assassinatos, nos porões do governo. Sequestros, assaltos, guerrilhas inconsequentes e também mortes, nas resistências extremadas à ditadura. Todos nós perdemos, pois ninguém ganhou. _____ (*) Por causa de suas matérias publicadas na imprensa regional e nacional, Tomislav R. Femenick foi chamado várias vezes ao comando da 4º Exército, no Recife, para “prestar esclarecimentos”. Pelo mesmo motivo, perdeu o registro de jornalista, na Delegacia Regional do Trabalho de Natal. Coagido no desempenho de suas funções do Banco do Nordeste, onde era funcionário concursado e com estabilidade (mais de dez anos e não optante pelo FGTS), foi levado a pedir demissão.

 Tribuna do Norte. Natal, 30 mar 2014.


(*)Historiador, membro da diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

domingo, 23 de março de 2014

NA PRÁTICA À PRÁXIS MARXISTA É OUTRA - TOMISLAV R. FEMINICK


 Mestre em economia, contador e historiador Práxis é uma forma de pensamento que procura explicar a conduta humana em relação à política, à economia e à moral. Se buscarmos suas raízes as encontramos nas ideias de Platão, que procurou direcionar a ação política pela teoria. Já Aristóteles entendia que a conduta humana, em relação à vida e suas relações socioeconômicas, se caracteriza por uma objetividade concreta e não por reflexões teóricas. O próximo grande salto foi dado por Hegel, que definiu a práxis como um processo de interação da objetividade e da subjetividade tendo por base o pensamento e a ação do homem, como agente das transformações sociais. Já a práxis marxista, é um conceito que procura explicar as ações humanas que objetivam transformar a sociedade. Marx postula a existência de uma teleológica nas ações do homem, relacionando ações com causas objetivas, fato que explicaria as grandes lutas revolucionárias. A práxis marxista (aqui simplificada) é a base da argumentação que dá suporte a outro pensamento central do marxismo: o conceito de modos de produção, uma concepção abstrato-formal, um processo de ascensão do concreto para o abstrato, de descida progressiva do abstrato para o concreto e, finalmente, de comprovação empírica. Em “A ideologia alemã”, Marx e Engels afirmam que a forma como a sociedade está organizada para a produção de bens identifica uma “fase de desenvolvimento das suas forcas produtivas materiais” que, por sua vez, determina as relações de produção entre os homens. Sobre essa estrutura econômica é que se ergueria uma supraestrutura social, alicerçada em um ordenamento político que se fundamentaria em formulações jurídicas, ambos (ordenamento político e formulações jurídicas) resultantes da consciência da sociedade, esta também consequência das relações de produção. Assim, o “processo da vida social, política e espiritual em geral” seria resultante do modo de produção vigente. Todavia esse estado de coisa teria caráter precário, pois a própria evolução das relações de produção criariam choques de interesses entre as classes sociais, abrindo, “assim, uma época de revolução social”. Esse posicionamento deu ensejo ao desenvolvimento da teoria do “etapismo”. Engels foi o primeiro (Origen de la familia, de la propriedad privada y del Estado) a apontar para o gradualismo, sendo seguido por Lênin (Acerca del Estado, in Marx, Engels e el marxismo). Enquanto o primeiro tomou como campo teórico a Europa ocidental, o segundo deu uma amplitude geral ao conceito dos degraus evolutivos. Porém o “etapismo” só foi sacramentado como dogma do marxismo quando Stalin (Materialismo dialético e materialismo histórico) reconheceu como históricos somente “cinco tipos fundamentais de relações de produção: a comuna primitiva, a escravatura, o regime feudal, o regime capitalista e o regime socialista”. Ora, todas essas contorções teóricas tiveram por objetivo sentenciar o fim do capitalismo, que seria vitima de si mesmo: o crescimento do capital exige o crescimento do proletariado que, vivendo na miséria, se engajaria na luta pela derrubada do regime, fazendo surgir o socialismo que viria no bojo da ditadura do proletariado. A realidade contradisse toda essa argumentação. Embora não o ideal, nos regimes verdadeiramente capitalistas houve um crescimento continuado do padrão de vida dos trabalhadores, enquanto que o socialismo “científico” veio e foi embora. Somente restaram Cuba e a Coréia do Norte, simples ditaduras hereditárias. China e Vietnã só têm de comunista o nome do partido no poder. 

 Tribuna do Norte. Natal, 23 mar 2014. O Mossoroense. Mossoró, 15 mar 2014.

sábado, 22 de março de 2014

CENTENÁRIO DO ESCRITOR MOACIR DE LUCENA - DEPOIMENTOS E EXPOSIÇÃO.

MOACIR DE LUCENA

C   O   N   V   I   T   E


O Presidente da União Brasileira de Escritores - UBE/RN – ROBERTO LIMA DE SOUZA e o Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras – DIÓGENES DA CUNHA LIMA convidam Vossa Senhoria e família para o Centenário do Escritor Moacir de Lucena (depoimentos e exposição) a transcorrer no dia 27 de março, às 19h, no auditório da Academia Norte-Rio-Gradense de Letras – ANL.

segunda-feira, 17 de março de 2014

NOITE DE AUTÓGRAFOS DA ESCRITORA,DIULINDA GARCIA, EM 12-O3-2014 .


DIULINDA GARCIA

 No dia 12 de março do ano em curso, fechava-se mais um ciclo. Foi a noite de autógrafos do último livro de Diulinda Garcia( esta que vos fala),denominado RASCUNHO.Uma bela noite de encontros e reencontros com poetas, escritores, intelectuais, amigos e familiares.Naquele momento,frente a frente com o leitor,o meu pensamento viajante passou por várias estações:a da gratidão em primeiro lugar, onde permaneci reverente a tudo e a todos que me fizeram chegar à estação da alegria, de onde segui em direção à saudade,onde visitei ausentes inesquecíveis e por último, à estação da despedida,
de certa forma eu e o livro ali nos despedíamos. Uma bela noite! Os que ali chegavam,
tinham o brilho das constelações a cintilarem silentes, naquele céu bordado de poesia que eu ousava chamar de meu. Ousava também contar a todos as minhas mais íntimas histórias, algumas delas em prosa,outras tantas em versos, através do livro RASCUNHO, posto diante do leitor que recebia o passaporte para mergulhar nos abismos do universo autoral contido em cada página escrita. Momentos de interação,alegria,descontração e uma emoção contida,entre o autor e cada um dos presentes,perceptível aos de olhos mais atentos e de sensibilidade mais aguçada.Indizível porém,era o que se passava entre o autor e o livro,cúmplices inseparáveis por alguns meses,agora separados,"cada qual com os seus mistérios"rumo a novos caminhos. 




DiulindaGarcia Natal,16/03/2014.

quinta-feira, 13 de março de 2014

A INTERMINÁVEL FILA DO AUTÓGRAFOS DE DIULINDA GARCIA, NO BUFFET DE RENATA MOTTA. DIA 12-03, NA NOITE DE SEUS AUTÓGRAFOS

INTELECTUAIS DE VÁRIAS ENTIDADES COMO A UBE/RN, IHG/RN, SPVA E OUTRAS, AMIGOS E FAMILIARES PRESENTES, PREFEITA DE MACAÍBA, VEREADOR HUGO MANSO E OUTROS CONGÊNERES, PRESTIGIANDO A AUTORA DIULINDA GARCIA. NOITE LINDA!






















 "Foi uma noite pra lá de linda, Foi mesmo a noite de 

Diulinda! Foi uma noite só de poesia, de Diulinda

 Garcia. Parabéns." ROBERTO LIMA DE SOUZA.



terça-feira, 11 de março de 2014

DOMINGO DE CARNAVAL - CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES.




DOMINGO DE CARNAVAL
O dia é de sol
Não necessariamente de alegria
Por ser carnaval!
Lembranças invocam a juventude
Memórias convocam amigos,
Presentes ou na plenitude com Deus.
Não rio nem choro
Apenas tenho recordações.
Dosinho está entre elas.      
*** 
 
O TEMPO
Nascer, viver, voar
O mundo aos meus pés
Existe um viés enigmatico.
Não sei o que será amanhã
Hoje ainda é carnaval
Mas a quarta-feira se aproxima.
CINZAS!
***
CANÇÕES DO MEU VIVER
Era uma vez um Rouxinol (devaneio)
Tempos de Criança (eu)
Chão de Estrelas   (começa o amor)
A Deusa da minha rua (ela)
Somente uma vez (paixão)
Encantamento (ver o mundo)
Mulata Rosinha (ilusão)
A mulher da capa (realidade).
O rio
O mar
As estrelas.
O AMOR CONTINUA EM MIM!

RENOVADO, MAS COM O MESMO DNA - TOMISLAV R. FEMENICK

TOMISLAV R. FEMINICK

RENOVADO,  MAS COM O MESMO DNA -  TOMISLAV R. FEMENICK – Mestre em economia, contador e historiador. 

 Três eventos alteraram profundamente a estrutura do capitalismo: a revolução bolchevique de 1917, a quebra da bolsa de New York em 1929 e a segunda guerra mundial. O primeiro deles despertou os Estados Unidos e os países da Europa ocidental para as reivindicações sociais, resultando em um freio na ganância dos empresários que exploraram os trabalhadores sem que houvesse leis que lhes impusessem limites, inclusive nas longas jornadas de trabalho. Foi a partir dai que apareceram as primeiras legislações estabelecendo os direitos dos trabalhadores. O colapso dos anos 1929/1930 evidenciou o fato de que o mercado não pode funcionar sem controle e que o governo não deve ficar ausente dos fatos econômicos. Somente com a ingerência do Estado, criando regras e intervindo diretamente no sistema produtivo, foi possível restabelecer a ordem socioeconômica nos países mais afetados pela crise. A segunda grande guerra resultou em dois cenários totalmente diferentes. Os Estados Unidos dela saiu confirmado como a maior potencia mundial e os outros países do continente americano deram um salto quantitativo e qualificativo em suas economias. Por outro lado, foi o maior desastre econômico jamais acontecido na Europa e na Ásia, que dele saíram com sua infraestrutura e seu sistema produtivo destroçados, pois suas fábricas, portos e estradas eram alvos preferenciais dos aviões alemães, aliados e japoneses. A recuperação desses países deu-se graça a ação norte-americana em suas economias, via seus respectivos governos. Em valores atuais, cerca de 300 bilhões de dólares foram aplicados como assistência econômica e tecnológica. Além do mais, no Japão foi realizada uma reforma agrária e foram desmantelados os grandes zaibatsus (trustes), que controlavam a economia e as finanças do país. Esses três acontecimentos terminaram por dar uma nova feição ao capitalismo contemporâneo, tirano de suas características o absolutismo do mercado e o reinado do laissez-faire. Essa visão de um novo capitalismo, reformado, mais humanizado e não totalmente livre para fazer o que quiser, teve repercussão em 1965, quando o economista, professor e jornalista britânico Andrew Shonfield, publicou sua mais famosa obra “O capitalismo moderno”. Nesse livro Sir Andrew diz que, embora as características básicas do capitalismo tenham permanecido intocadas (relações de produção, de trabalho e de renda, por exemplo), o impressionante ritmo do desenvolvimento tecnológico e a busca do pleno emprego para a população economicamente ativa deram um novo dínamo ao crescimento econômico, inclusive com maior distribuição da renda. Suas explicações para que o capitalismo continue sendo a mola mestra da economia incluem alguns outros pontos relevantes: a ingerência do Estado no planejamento e na execução dos projetos de desenvolvimento, o aumento da parcela dos recursos públicos destinados à promoção do bem-estar social e o crescimento da renda real per capita da população. Foi dessa forma que os países desenvolvidos evoluíram e assumiram a ponta do crescimento econômico mundial, sempre tendo em vista que a grande massa de consumidores são os trabalhadores, que neles compõem a classe média. Embora não seja a maravilha das maravilhas e apesar de suas crises cíclicas, o capitalismo tem se mostrado ser o melhor sistema possível no mundo real; sem empulhações, elucubrações enganadoras, sem contorções argumentativas, sem hipocrisias intelectuais. Enquanto isso por aqui ainda há saudosistas da utopia do socialismo pseudocientífico. No entanto, a realidade vale mais que mil palavras. 

 Tribuna do Norte. 

Natal, 09 mar 2014.

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE – UBE/RN PROJETO 01 PROPONENTE: EDUARDO ANTONIO GOSSON INTRODUÇÃO À LITERATURA POTIGUAR: DO OFÍCIO DE ESCREVER


EDUARDO GOSSON
ROBERTO LIMADESOUZA

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE – UBE/RN PROJETO 01 PROPONENTE: EDUARDO ANTONIO GOSSON INTRODUÇÃO À LITERATURA POTIGUAR: DO OFÍCIO DE ESCREVER (esboço) EMENTA: Literatura Potiguar: Panorama da história da Literatura do Rio Grande do Norte. Principais movimentos. Autores e obras fundamentais. Análises de textos. O Modernismo no Rio Grande do Norte. Produção literária contemporânea. OBJETIVOS: Oferecer aos professores um complemento da visão histórica da literatura potiguar, discutindo, de forma interativa, os principais movimentos, autores e obras significativos da produção literária norte-rio-grandense. Propiciar aos professores conhecimentos sobre a Literatura Potiguar e treiná-los na prática de análise e interpretação de textos literários dos poetas, ficcionistas e ensaístas do Estado, habilitando-os para a aplicação desses saberes nas suas atividades docentes. PÚBLICO-ALVO: Professores do ensino médio das escolas públicas estaduais das disciplinas afins à temática. CARGA HORÁRIA: Trinta horas. Proposta básica: dois finais de semana consecutivos (sexta-feira à noite, sábado pela manhã e à tarde). LOCAL DE REALIZAÇÃO: Escolas da rede pública de ensino do Estado e Casas de Cultura da Fundação José Augusto COMPOSIÇÃO DAS TURMAS: Cada turma será composta de, no máximo, vinte e cinco professores das disciplinas afins, distribuídos de forma heterogênea. Submeto aos meus confrades da UBE projeto literário, podendo corrigir, melhorar e, até, substituir se não t iver serventia.Eduardo Gosson COORDENAÇÃO GERAL: Poeta Roberto Lima de Souza - Presidente da UBE/RN Professora Betânia Ramalho - Secretária de Educação do Estado do RN - Professora Isaura Rosado Maia - Fundação José Augusto COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA: 

Professor e escritor Eduardo Antonio Gosson COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Professor e escritor Manoel Marques da Silva Filho COORDENAÇÃO LITERÁRIA: Escritor Antonio Clauder Alves Arcanjo Escritor Cid Augusto Rosado Prof. J. de Castro Prof.ª Gilvania Machado Profª Geralda Efigênia CALENDÁRIO: Turma piloto – abril de 2014, em local a ser definido pela coordenação geral do projeto. Demais turmas serão atendidas com periodicidade mensal, a partir de maio, com os referidos locais a serem definidos pela Coordenação Geral. A cada seis meses, será realizada uma avaliação do andamento do projeto, com o intuito de promover melhorias e ajustes. ATIVIDADES REGIONAIS: Nos municípios pertencentes a uma mesma região do Estado (a exemplo de Seridó, Alto Oeste, Agreste, etc.) será realizado um seminário regional com a presença de escritores potiguares de destaque, e de autores locais. A proposta básica para o evento contemplará também entrega dos diplomas do curso, recital de poesia, lançamento de livros e cordéis. 
 MATERIAL DIDÁTICO: Será confeccionada e distribuída para todos os participantes uma apostila com o conteúdo básico do referido curso. 
OBS.: A Coordenação Geral do projeto ficará responsável pela autorização e liberação de direitos autorais relativas à transcrição dos textos inseridos na apostila.
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I Introdução ao estudo da literatura potiguar. O período de formação – a procura de uma identidade. Principais representantes: Nísia Floresta, Lourival Açucena, Polycarpo Feitosa, Henrique Castriciano, Auta de Souza, Eloy de Souza, Ferreira Itajubá, Luís Carlos Lins dos Wanderley e Segundo Wanderley, entre outros. Leitura e análise de textos. Unidade II O período de transição: as inquietações de ‘ordem estética’; o resgate da produção anterior; a estreita vinculação com a literatura nacional e a preocupação com os acontecimentos do mundo. Principais representantes: Palmyra Wanderley, Othoniel Menezes, Afonso Bezerra, Edinor Avelino, Adelle Oliveira, Sebastião Fernandes, Gothardo Neto, Antônio Soares, entre outros. Leitura e análise de textos. Unidade III O período modernista: a produção de Jorge Fernandes. Câmara Cascudo – um universo sem fronteiras. O regionalismo de José Bezerra Gomes. A geração de 45: Zila Mamede, Myriam Coeli, Walflan de Queiroz, entre outros. O processo narrativo do ficcionista Jaime Hipólito Dantas. Unidade IV Produção literária contemporânea. O poema-processo. Poesia e prosa em tempos de crise: um balanço histórico-literário. Literatura de cordel. Leitura e análise de textos. Unidade v Poetrix & Haikai por Goulart Gomes POETRIX é um poema composto de título e uma estrofe de três versos (terceto) com um máximo de trinta sílabas métricas. 
 CARACTERÍSTICAS DO POETRIX O POETRIX é uma linguagem poética em forma de tercetos, caracterizando-se por: possuir apenas uma estrofe de três versos, com um máximo de 30 sílabas métricas; no poetrix o título é obrigatório, podendo complementar o texto; não existir rigor quanto a métrica ou rimas; metáforas e outras figuras de linguagem, assim como neologismos, são uma constante no poetrix; geralmente há uma interação autor/leitor provocada por mensagens subliminares; ser minimalista, ou seja, procurar transmitir a mais completa mensagem em um menos número de palavras; passado, presente e futuro podem ser utilizados sem distinção; o autor, as personagens e o fato observado podem interagir, mesmo criando condições suprarreais, cômicas ou ilógicas (non sense). 

ALGUMAS DIFERENÇAS POETRIX x HAIKAI HAI-KAI TÍTULO 
Não admite. MÉTRICA 5-7-5 sílabas. FIGURAS DE LINGUAGEM Não admite. AUTOR Não influi no fato observado. CONCISÃO É descritivo. TEMPO Presente. Vinculado aos kigos. ESPAÇO Rural. Natureza. INTERATIVIDADE Video-haiku e hai-kards. POETRIX TÍTULO É obrigatório. No POETRIX, o título complementa o texto. MÉTRICA 30 sílabas métricas, no total. FIGURAS DE LINGUAGEM Requer. Metáforas, neologismos etc, são bem-vindos. AUTOR Interage com o fato e, mesmo, com o leitor, através de mensagens subliminares CONCISÃO É minimalista; busca a síntese. Dizer muito com poucas palavras TEMPO Passado, presente e futuro como uma só dimensão: TEMPO. ESPAÇO Todos, mais especificamente, o urbano. INTERATIVIDADE Linguagem concretista, mídias virtuais, arte visual. METODOLOGIA: Aulas expositivas, leitura e discussão de textos: ensaios, prosa e poesia; análise de textos (prosa e poesia); utilização de recursos audiovisuais. AVALIAÇÃO: A avaliação levará em conta a participação do aluno nas atividades realizadas e o seu desempenho nos trabalhos escritos (em grupo ou individualmente), em que ele deverá demonstrar conhecimento da matéria, bem como expressar esse conhecimento de forma clara e objetiva. ORÇAMENTO: COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA Valor fixo mensal referente à Coordenação Administrativa, elaboração, preparação de eventos e demais atividades relacionadas com o projeto: R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais); COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Valor R$ 50,00 (cinqüenta reais hora/aula) COORDENAÇÃO LITERÁRIA Valor R$ 50,00 (cinquenta reais hora/aula) AUTORES CONVIDADOS Valor R$ 50,00 (cinqüenta reais hora/aula) OBS.: Os valores referidos acima não cobrem custos com hospedagem, transporte, alimentação, e demais despesas com materiais e equipamentos didáticos, de modo que estes estarão a cargo da Coordenação Geral do projeto. BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
 01 — LITERATURA DO RIO GRANDE DO NORTE – ANTOLOGIA Constância Lima Duarte Diva Maria Cunha Pereira de Macedo 
 02 — INFORMAÇÃO DA LITERATURA POTIGUAR Tarcísio Gurgel 
 03 — A POESIA NORTE-RIO-GRANDENSE NO SÉCULO XX Assis Brasil
 04 — CONTISTAS NORTE-RIO-GRANDENSES Nei Leandro de Castro 
05 — CURSO DE INICIAÇÃO À POESIA Crispiniano Neto 
 06 — CONTISTAS POTIGUARES Manoel Onofre Júnior 
 07 — SALVADOS Manoel Onofre Júnior 
 08 — FICCIONISTAS DO RIO GRANDE DO NORTE Manoel Onofre Júnior
 09 — LITERATURA & PROVÍNCIA Manoel Onofre Júnior 10 — DE AUTORES E DE LIVROS Jaime Hipólito Dantas 
 11 — GERAÇÃO ALTERNATIVA – ANTILOGIA POÉTICA POTIGUAR J. Medeiros
 12 - PANORAMA DA POESIA NORTE-RIO-GRANDENSE Rômulo Wanderley
 13- DICIONÁRIO DOS POETAS CORDELISTAS Gutenberg Costa 
 14 — A POESIA E O POEMA DO RIO GRANDE DO NORTE Moacy Cirne 
15 — A BIBLIOTECA DE CAICÓ Moacy Cirne 
 16 — O COMÉRCIO DAS PALAVRAS Américo de Oliveira Costa 
 17 — A BIBLIOTECA E SEUS HABITANTES Américo de Oliveira Costa
 18 — VIAGEM AO UNIVERSO DE CÂMARA CASCUDO Américo de Oliveira Costa
19 — POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE Ezequiel Wanderley
 20 — JOIO – PÁGINAS DE LITERATURA E CRÍTICA Câmara Cascudo
 21 — ALMA PATRÍCIA Câmara Cascudo 
 22 — MODERNISMO – ANOS 20 NO RIO GRANDE DO NORTE Humberto Hermenegildo 
 23 — 100 AUTORES PARA ENTENDER O RIO GRANDE DO NORTE - O Jornal de Hoje