terça-feira, 29 de outubro de 2013

A UNIÃO FAZ A FORÇA. PARA O BIÊNIO 2014 E 2015 -UBE/RN.



UBE-RN BIÊNIO: 2014 -2015 CHAPA: A UNIÃO FAZ A FORÇA.


DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Roberto Lima de Souza
1º Vice-Presidente: Eduardo Antonio Gosson
2º Vice-Presidente: Manoel Marques da Silva Filho
Secretario Geral: Jania Maria de Souza Filho
1º Secretário: Maria Rizolete Fernandes
2º Secretário: Paulo Caldas Neto
1º Tesoureiro: Pedro Lins Neto
2º Tesoureiro: Claudionor Barbalho
Diretor de Divulgação: Lucia Helena Pereira
Diretor Representações Regionais: Antonio Clauder Arcanjo
Diretor Jurídico: David de Medeiros Leite


CONSELHO CONSULTIVO

Carlos Morais dos Santos
Cid Augusto Rosado Maia
Diulinda Garcia de Medeiros Silva
Diógenes da Cunha Lima
José de Castro
Joaquim Crispiniano Neto
Ormuz Simonetti
Tomislav R. Femenick
Valério Alfredo Mesquita

CONSELHO FISCAL
Aluísio Mathias dos Santos
Alexandre Abrantes de Albuquerque
Carlos Roberto de Miranda Gomes

A UBE REALIZA, DIA 13-11-2013, SEU PROCESSO ELEITORAL, PARA 2014 E 2O15.

EDUARDO ANTONIO GOSSON


PALAVRAS DO PRESIDENTE 
 Caros Confrades e Confreiras

 Dia treze de novembro próximo, das 10h às 16h, na Academia Norte-Rio-Grandense, a União Brasileira de Escritores - UBE estará realizando o processo eleitoral para renovação da Diretoria, do Conselho Consultivo e Conselho Fiscal para o biênio (2014-2015). Até agora estar em curso uma articulação intitulada A União Faz Força, liderada pelo Confrade Roberto Lima de Souza, poeta, compositor, professor universitário, ex-secretário de Cultura da cidade do Natal; enfim, personagem muito querido e tecnicamente preparado para os embates da Cultura. Por outro lado, é preciso que os confrades e confreiras que não quitaram a anuidade de 2013 possam fazê-lo antes da votação (haverá na oportunidade um plantão da Tesouraria da entidade). Esta presidência decidiu, ad referendum da Diretoria, que os anos 2012 e 2011 poderão ser parcelados em 12 prestações de R$ 20,00. Somos contra a anistia de dívidas porque premia o inadimplente e pune o adimplente. Como é sabido de todos, a UBE-RN não dispõe de nenhuma renda extra (vive da anuidade de seus associados). Foi com essa pequena verba que nos últimos dois anos a entidade pode alavancar o seu Plano Editorial que, presentemente, contabiliza 15 livros publicados, já projetando novos lançamentos para o ano vindouro; pôde realizar 5 Encontros Potiguares de Escritores -EPE; fazer intercâmbio com escritores de outros países; pagar suas despesas administrativas, entre outras atividades. Por fim, espero que o confrade e confreira tenham compreendido as nossas preocupações e colaborem com a UBE-RN, que é um patrimônio de todos os escritores potiguares!

 Cordialmente,

 Eduardo Antonio Gosson Presidente

terça-feira, 22 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

REMINISCÊNCIAS DA RUA PRINCESA ISABEL E A SAGA DE FLORIANO - "EL BODEGUEIRO" - POR ORMUZ BARBALHO SIMONETTI.






  Parte I 

 A estória começa quando, no final do século XIX, o emigrante italiano Paolo Luigi Curcio, proveniente da região de Nápoli, desembarca no Brasil, possivelmente, pelo porto do Recife, porta de entrada de vários imigrantes, inclusive os italianos, que no Brasil teve como ápice o período compreendido entre 1800 a 1930. Rumou para o interior do Rio Grande do Norte visando maiores e melhores possibilidades em sua nova vida e se estabelece na cidade de Vera Cruz. Artesão profissional especializado no fabrico de tachos de cobre e assemelhados, inicia um pequeno negócio naquela cidade do agreste potiguar. Tempos depois casa-se com uma moça nativa da região da tradicional família Ribeiro/Dantas. Dessa união nasceram diversos filhos e entre eles, Sofia Arlinda Curcio (1883/1959). Como um bom profissional, ganha algum dinheiro, investe no ramo do comércio e amplia seus horizontes adquirindo terras na região, tornando-se, também, proprietário rural e agropecuarista. Por diversas vezes ouvira falar em Macaíba, uma promissora cidade próxima ao litoral, a 14 quilômetros da capital, que sob a batuta do paraibano da cidade de Pilar, Fabrício Gomes Pedroza (1809-1872), tornara-se um grande entreposto comercial. Com faro aguçado para bons negócios, vende todo seu patrimônio na cidade de Vera Cruz, muda-se com a família para Macaíba e inicia um novo negócio voltado exclusivamente para o ramo de estivas, também denominado popularmente de secos e molhados. Dario Jordão de Andrade, nascido em Pirpirituba, microrregião do Brejo paraibano, chega à cidade de Macaíba em companhia de seu primo Olinto Maciel de Andrade, agradam-se da cidade e resolvem se estabelecer. Tempos depois, Dario casa-se com Dona Sofia Arlinda Curcio que passa a se chamar Sofia Curcio de Andrade. Dessa união nasceram seis filhos. A exemplo do sogro envereda pelo ramo do comércio e se estabelece com um pequeno negócio ao lado de sua casa. A vida transcorre lenta e preguiçosamente naquele final de século, enquanto os filhos vão nascendo e sendo educados sob o olhar atento de Dona Sofia. O primogênito Clóvis fez carreira como funcionário federal no Recife e ocupou posto de destaque na Alfândega daquela cidade. Escritor e poeta de grande sensibilidade, deixou algumas obras escritas; Nair, mãe de do atual presidente do IHGRN Valério Mesquita; Nilda, que faleceu solteira; Sofia, mãe do nosso confrade Ticiano Duarte; Dario, juiz de direito de destacada atuação em nosso Estado, pai de Ivan Maciel de Andrade e, finalmente, o caçula de todos, o saudoso Floriano Jordão de Andrade. Em janeiro de 1910, falecia Dario Jordão de Andrade aos 33 anos de idade, quatro meses antes do nascimento de Floriano, que veio ao mundo em 05 de maio de 1910. Estava sentado em uma cadeira de balanço na porta de seu comércio, numa das tardes fagueiras do mês de janeiro, quando foi fulminado por um aneurisma, deixando a viúva com cinco filhos menores e um ainda para nascer. Dona Sofia ainda continuou por algum tempo tocando o comércio com as dificuldades inerentes a uma viúva no começo do século XX. Entretanto, enxergando mais adiante com olhos e coragem de uma autentica napolitana, vende o comércio e muda-se para a Capital preocupada em oferecer melhor educação para os filhos. Então, em uma manhã ensolarada, por volta do ano de 1918, desembarca em Natal com cinco filhos pequenos um para nascer, com o receio do desconhecido, e a esperança de vencer na cidade grande. Compra uma velha bodega que já existia naquele mesmo endereço, anexa a uma casa que dava frente para a Rua Apodi, n°160. Inicia seu pequeno comércio, com vontade férrea, própria das grandes mulheres, já com comprovada experiência do tempo em que exercera a mesma atividade ao lado do marido, em sua cidade natal. Com o tempo, os filhos cresceram, casaram-se, com exceção de Nilda que faleceu solteira, e tomaram seus rumos pela vida. Somente Floriano, o mais novo de todos, continua na casa materna. Muito apegado à mãe, desde tenra idade, dedicou-se a ajudá-la no atendimento na bodega. Quando rapaz inicia um namoro com uma moça que trabalhava na casa de dona Belarmina Ferreira Gomes, mais conhecida como Dona Bela, grande amiga de Sofia, que vem a ser a mãe dos Padres Monte e Nivaldo, que residia, na época, na Avenida Rio Branco n° 777, próximo à sua casa. A família não via com bons olhos aquele relacionamento, em virtude da grande diferença sócio-economica e cultural entre os enamorados, entretanto, nunca fizeram oposição ao relacionamento, respeitada assim, a vontade do jovem apaixonado. Com a continuidade do namoro, Floriano resolve bancar Minervina, era esse o nome de sua namorada, e aluga pra ela uma casa no bairro das Rocas. Posteriormente, resolve transferi-la para mais perto, aluga outra casa numa região antigamente denominada Salgadeira, que ficava próxima ao Baldo, no lado direito de quem sobe a ladeira em direção ao bairro do Alecrim. Nesse novo endereço, por ser próximo à bodega, passou a dormir com mais frequência nos braços aconchegantes de Minervina. Finalmente, com o falecimento de Dona Sofia, ocorrido em 21 de março de 1959, Minervina muda-se para a casa da Rua Apodi, casaram-se no civil e assim permaneceram até o fim de suas vidas. Como todo jovem idealista da época, admirava do PCB - Partido Comunista Brasileiro. Homem de grande inteligência, leitor compulsivo e autodidata, apreciador das teorias do filósofo alemão Karl Marx e também admirador de Vladimir Ilitch Lenin. Nos anos de intensa repressão aos comunistas chegou a dar guarida em sua residência a dois líderes tupiniquins do partido: o médico Vulpiano Cavalcanti(1911-1988) e Luiz Inácio Maranhão Filho (1921- dado como desaparecido a partir de 03 de abril de 1974, em São Paulo-SP). Vez por outra, confidenciava a amigos mais próximos cheio de orgulho: “ontem Vulpiano dormiu aqui em casa”. Luiz Maranhão também gozava desse mesmo privilégio. Não era ativista, nem se envolveu diretamente com as ações do partido. Entretanto, como simpatizante, mesmo pondo em risco sua integridade física e também de sua família, mostrou-se solidário aos “camaradas” dentro de suas grandes limitações e parcos recursos (...) ...

domingo, 6 de outubro de 2013

CONVITE PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO "O CAMINHO NÃO PERCORRIDO".


CARLOS COSTA
CONVITE PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO "O CAMINHO NÃO PERCORRIDO". 

 Colegas Assistentes Sociais:

 Convido a todos para prestigiarem o lançamento do meu livro científico, na área do Serviço Social -  O CAMINHO NÃO PERCORRIDO (a trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus), lançado pela primeira vez em 1995 e esgotado em 1996. A obra foi novamente lançada pela Editora da Fundação Universidade Federal do Amazonas e o lançamento do livro ocorrerá no próximo dia 8 de novembro de 2013, a partir das 19 hs, no salão de Eventos das Lojas Bemol do Millenium Shopping, localizado na Av. Djalma Batista. Após o lançamento será servido um coquetel aos presentes.

 Se algum companheiro poder divulgar esse livro no curso de Serviço Social em Natal, ficarei muito feliz e agradecido. Embora tenha dificuldades para falar, devido a onze cirurgias no cérebro desde 2006  gostaria de ser convidado para fazer palestra sobre o livro na Universidade, como ex-professor universitário do curso em Manaus, em universidade particular. Levarei alguns exemplares para vender a quem se interessar.
 O universo masculino no Serviço Social, como de resto em quase todas as profissões, é um fenômeno recente, ainda a ser pesquisado.  
Um abraço a todos e todas.

 Carlos Costa

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ADORMECEU PARA SONHAR - AUTORIA DE EDUARDO GOSSON.

EDUARDO ANTÔNIO GOSSON

ADORMECEU PARA SONHAR 
 Para a poetisa Lucia Helena

 Sim, é verdade. Fausto, meu filho,
 Adormeceu para continuar 
 Sonhando 
 Porque a vida aqui não basta:
 Obrigações, 
 Rituais
 Grandes interrogações: "-donde eu vim,"
 “Por que estou aqui?”
 “-Para onde vou?” 
 E a morte a nos acompanhar
Por não agüentar a barbárie 
 Meu doce menino 
 Resolveu 
 ADORMECER PARA SONHAR!

 *Eduardo Gosson é presidente da UBE/RN

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SONHAR POR UM MUNDO MELHOR
SORRIR SENTINDO O VENTO DAS MADRUGADAS
FECHAR OS OLHOS E TE VER, PAI,
COMO TE VEJO, AGORA,
EM SONHOS!

LÚCIA HELENA

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

UMA PEQUENA VOLTA NO TEMPO - AUTORIA DE CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES.

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES

 De repente, nada mais que de repente, a saúde exige que volte a Recife para uma consulta a um velho médico que de mim cuidou há quase dez anos atrás. A mesma rua, a mesma ilha (do leite), o mesmo prédio e a mesma figura humana do Doutor AMAURY DE SIQUEIRA MEDEIROS. Com a mesma clareza e paciência, constatamos que tudo está sob controle e aí comentamos algumas amenidades: "Você conhece um médico chamado Ernani Rosado?" - os sorrisos, meus e do meu filho Carlos que me acompanhava, foram generosos, pois Doutor Ernani é pessoa presente em nosso peito. Então o Doutor Amaury fez uma revelação: o apelido dele era Solich (alusão ao velho treinador de futebol Freitas Solish). Por qu? indaguei eu - é que ele era ruim de bola e a gente o colocava como técnico. Boas risadas, felizes risadas, amenidades e alegria. Diante daquele quadro de alívio, pedi a Roberto, nosso parente pernambucano, para darmos uma volta no lugar onde morei em Recife, acompanhado de Carlinhos, Therezinha e Ernesto: - Boa Vista e ele parou na Rua do Colégio Dom Bosco, onde tantas vezes fui assistir as peladas domingueiras de Serginho, Tavico(Gustavo Guedes, de saudosa memória) e Zé poupinha (José Wilson) e assistir missa; ou o contrário, primeiro a missa e depois a pelada. Procurei na Ilha do Leite o escritório do advogado, que foi no passado o Tenente Carvalho, da CCS onde servi no 16º RI em 1959, mas o escritório já não continha o seu nome - não sei se está vivo, Deus queira que esteja. Logo vizinho a velha casa da rua Barão de São Borja, que se encontra do mesmo jeito que deixei há mais de 50 anos. Pedi licença, contei a história e me permitiram fotografá-la, ao mesmo tempo em que a saudade me bateu pesado. Ali descortinei a rapaziada da "República", alguns do Rio Grande do Norte, Madame "Lou", as escadarias, a pequena torre, o velho corrimão. Dalí a sorveteria onde matávamos a nossa fome pela escassez das refeições. No seu portão esperava o carteiro trazendo notícias da minha namorada Therezinha. Recordei do meu quarto, no primeiro andar, cuja janela ficava para a área de serviço-cozinha e a velha cozinheira gritava: "Seu carlinhos, desce a sacola", o que eu fazia através de uma cordinha e ela colocava alguma coisa que sobrara da janta. Fui ver a rua Visconde de Goiana onde moravam José Augusto Costa Neto (netinho, médico, já falecido) e José Navarro (médico, tambémn falecido). Fazíamos serenata no Pina e em Boa Viagem, quando eram poucos habitadas. Enfim, ali também ficava um boteco onde tomei um dos maiores porres da minha vida, aproveitando um dinheiro que mandaram para mim de Natal - não lembro de quem trouxe - Moacyr, meu irmão ou foi Dora Furtado; não sei como acertei o caminho da volta, apesar de ser a poucos metros da minha república. Foi uma gozação porque enquanto era socorrido com café, canja preparada pela referida velha cozinheira, eu dizia que ia fazer um filme e ela seria uma das artistas. Recife cidade lendária! Depois fui para Olinda, cidade eterna, monumento secular da velha geração. Passei pelo centro, ví o velho São Luiz, sentei na ponte Duarte Coelho, no lugarzinho onde a turma do RN batia papo e fazia proselitismo político, lia os jornais sobre a briga política da campanha de 60 em Natal, onde fazíamos gozação com "Lolita": "Quem vem a Recife e não conhece Lolita, não conhece Recife", revi na memória os palanques do Marechal Lott, do líder comunista Carlos Prestes e o homem da vassoura. Passei na fortaleza das cinco pontas, lugar onde alguns depoimentos da Comissão da Verdade da UFRN que presido, afirmaram ter sido lugar de prisão e tortura. Dessa viagem, retorno por João Pessoa e ali passei algumas horas, do que posso resumir, de tudo o que vivi e revivi - não existir lugar melhor do que NATAL, cidade que não sufoca, como Recife e seus edifícios desnecessariamente muito altos, nem desordenada em seu traçado topográfico, tudo em contraste com os tradicionais casarões. Mas fiquemos alertas, pois a especulação já começou a alterar a sua paisagem, haja vista a visão horrenda daquela bola descomunal, agressiva da paisagem - que será a Arena das Dunas. Um último comentário - a alegria de ver o destaque dado pela imprensa pernambucana sobre a participação de Débora Seabra, a nossa professorinha pioneira na superação da síndrome de Dawn. Fiquei orgulhoso, por ela e pelos seus pais Margarida e Robério.
 Estou de volta pro meu aconchego!

(*) Advogado e escritor