sábado, 27 de dezembro de 2014

A ECONOMIA NO SEGUNDO GOVERNO DILMA - POR TOMISLAV R. FEMINICK


TOMISLAV R. FEMINICK


A economia no segundo governo Dilma Tomislav R. Femenick - Contador, Mestre em Economia e da diretoria do IHGRN 

Quando eu cursava o ginasial no Colégio Diocesano Santa Luzia de Mossoró, um dos nossos professores era o padre Cornelio Dankers – um holandês de rosto avermelhado, que não sei como nem porque foi parar nas frondes da caatinga nordestina. Com ele aprendi a diferença entre o conhecimento comum (o “senso comum”, ideias que prevalecem mesmo sem serem comprovadas) e o “senso científico” (o conhecimento baseado na comprovação de experiências repetidas). Citava como sendo sensos científicos perfeitos as teorias de Isaac Newton e as de René Descartes. Newton por suas leis da natureza (inércia, dinâmica e ação e reação), com as quais explicou o movimento harmônico de todo o universo; perfeito, sincronizado. Descartes, por rejeitar a certeza absoluta e só aceitar o que podia ser provado. Depois me deparei com as teorias de Einstein (tudo é relativo, até o tempo e o espaço), as teorias da física quântica e as novas descobertas dos movimentos dos corpos celestes, estes sempre não sincrônicos. Isso literalmente bagunçou o que eu tinha aprendido antes. Anos depois é que compreendi que até os movimentos não perfeitos podem ser previsíveis, como explica a teoria da probabilidade da mecânica quântica. O que me trouxe de volta à estabilidade da compreensão das coisas foi o meu campo de ação profissional; a economia, a contabilidade, a administração, a história e a sociologia, ciências que se baseiam em verdades comprovadas por testes epistemológicos. Essa longa introdução tem por finalidade analisar o que pode ser o futuro da economia do país no “novo” governo Dilma. A economia tem suas próprias leis que derivam da natureza humana. São leis que explicam a relação entre causa e efeito, e evidenciam a tendências de certos fenômenos se reproduzirem, mantidas as mesmas condições. Entre elas estão a lei da oferta e da procura, a que justifica porque as pessoas preferem os produtos mais baratos, a que explica porque as pessoas priorizam suas necessidades mais urgentes, a que afirma que os bens só se tornam econômicos quando são excessos, a que diz que a livre concorrência resulta em preços menores etc. O primeiro governo Dilma raramente seguiu essa cartilha e se caracterizou mais por um comportamento heterodoxo. Por exemplo: incentivou o consumo e não a produção. E quando isso acontece quebra a harmonia entre a oferta e a procura – procura maior que a produção exacerba a escassez dos bens e o resultado é o crescimento da inflação. O convite a Joaquim Levy para o cargo de Ministro da Fazendo parece ser uma guinada de 180 graus. Seu passado como economista do Fundo Monetário Internacional e do Banco Interamericano de Desenvolvimento e como secretário adjunto do Ministério da Fazenda no governo de Fernando Henrique Cardoso, indicam que a presidente vai dar novos rumos à economia brasileira. As ações de Levy, antes mesmo de assumir a nova incumbência, já denotam isso: contenção dos gastos públicos e superávit fiscal, estudos para revisão de procedimentos das políticas de incentivos, defesa da contenção da inflação, superávit na balança comercial etc. Para conseguir realizar suas intenções, Joaquim Levy tem que vencer duas aguerridas guerras. Primeiro vencer a ala mais radicar do petismo. Lula conseguiu isso e a atuação do Antonio Palocci foi exitosa enquanto seguiu a mesma política econômica de FHC. Depois Dilma não tem a mesma liderança no PT que tem Lula e de quem é dependente para conter as ânsias populistas do partido. Soma-se a isso a ganância da base aliada. Segundo, vencer a própria Dilma que, com seus rasgos autoritários, se faz presente no Ministério da Fazenda como se acumulasse os cargos de Presidente da República e de Ministra da Economia, ao mesmo tempo.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

CRÔNICA DE EDUARDO GOSSON AO FILHO FAUSTO, FALECIDO HÁ TRÊS ANOS.



FAUSTO GOSSON: TRÊS NATAIS SEM VOCÊ
 Por Eduardo Gosson(*) 

 Meu querido: Já ouvi dizer que sou um pai chorão e inconformado. Repetindo JESUS, digo-lhes: -Vocês não sabem o que dizem! Só quem passa por essa experiência é que pode avaliar a extensão desta dor! o resto é miudeza de armarinho. Não sei porque DEUS autoriza alguém partir aos vinte e oito anos: quando a vida é bela e cheia de encantos.
 O grande escritor francês André Malrroux escreveu um livro - A CONDIÇÃO HUMANA - que nos fala da precariedade da vida. Não me venham com discursos de fariseus; é preciso expulsá-los do TEMPLO. São vendilhões que transformam tudo em mercadoria e não sabem a dor de um pai nesta Noite de Natal. Ó Jerusalém , os sinos dobram por ti!

 (*)Poeta.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

CONFRATERNIZAÇÃO NESTA NOITE DE 22-12, COM O CÉU CHEIO DE ESTRELAS. FESTEJADA PELO IHG/RN E INRG/RN. MÚSICA, SORTEIO DE BRINDS REENCONTROS ALEGRIAS.


 
VALÉRIO MESQUITA ´PRESID. IHG/RN
ORMUZ SIMONETTI - VICE-PRESID. 
VICNE SEREJO, JURANDYR NAVARRO E PEDRO LINS
 



 
GEIZA. COMPANHIA MARAVILHOSA
 OS EDUARDOS: GOSSON E CUNHA
 MOMENTOS SÓ DE MÚSICAS EXCELENTES, O CANTOR DE PIANISTA HUMBERTO MUNIZ DANTAS, MAS APARECERAM BONS SERESTEIROS COMO     ORM UZ SIMONETTI, CARLOS GOMES E EDGARD RAMALHO BUFFET, MÚSICA. SORTEIO DEMUITOS BRINDES;;
 
DR. CARLOS GOMES, RESPONSÁVEL PELO SORTEIO
 
MUHER SURPREENDENTE, CARISMÁTICA, AM IGA. ASSIM É GEIZA



GEIZA, CÉLIA E THEREZA


LÚCIA HELENA E CLAUDIONOR BARBALHO

PIA, GEIZA FOI SORTEADA

ÉRICA, ESPOSA DE GEORGE VERAS TAMBÉM FOI SORTEADA
E CÉLIA AMOU SEU BRINDE!

                                      

ÉRICA E GEORGE VERAS

TOMISLAV, SUA ESPOSA E LÚCIA HELENA

 
AMOR DEMAIS!
OS POMBINHOS: CÉLIA E CLAUDIONOR

NOTA: ESTIVERAM PRESENTES OS QUERIDOS ROBERTO LIMA DE SOUZA, JOANILSON DE PAULA REGO E ASSIS CÂMARA.

domingo, 14 de dezembro de 2014

ADMINISTRAÇÃO NÃO RIMA COM EMOÇÃO - POR TOMISLAV R, FEMINICK.


Administração não rima com emoção;
  Tomislav R. Femenick – Contador, Mestre em Economia e sócio do IHGRN. 

 No início dos anos 1970 tomei conhecimento de um dos grandes livros escritos no século XX e que bem retrata a alma do povo brasileiro. Trata-se de “Tristes Trópicos”, do pesquisador francês Claude Lévi-Strauss, que é considerado o pai da antropologia moderna. É um relato de suas viagens pelo interior do Brasil, realizadas nos anos 1930, quando o jovem professor veio ao nosso país para lecionar na recém-criada Universidade de São Paulo. O livro, em edição francesa, estava sendo lido pelo meu padrasto, Xavier Vieira, um poliglota, jurista, matemático, filósofo, teólogo e poeta, uma das maiores culturas que conheci, porém acomodado em um alto cargo do Banco do Brasil, na capital paulista. Mas o que importa é o livro e voltemos a ele. Na sua obra, por vias indiretas Lévi-Strauss descreve a alma do nosso povo. Seriamos uma nação ciclotímica, ao mesmo tempo triste e alegre, cordata e que se envolver em disputa; um padrão de personalidade caracterizado por períodos de excitação e euforia, que se alternam com tristeza e inatividade. Esse grande livro veio-me a mente quando recentemente me detive sobre a maneira como os homens públicos e os executivos da iniciativa privada dirigem o país: com a emoção e não com a razão. Essa maneira de ser de nós brasileiros nos mais das vezes nos leva a situações de desconforto, se não desastradas. A nossa história recente está cheia de exemplos: o golpe de 1964 foi consequência de um movimento para garantir a democracia e terminou em uma ditadura, a eleição de Collor foi contra os marajás e derivou para o esquema de P. C. Farias, a CPI da Petrobras foi instituída para evidenciar os escândalos na estatal e culminou na inocência de todo mundo, o iluminado Eike Batista era na verdade um tremendo apagão, a presidente da República trata seus ministros e outros altos escalões do governo como se fossem seus capatazes – e elegem os que ela gosta e os que deles desgosta. Exemplos desse nosso procedimento errático há muitos. O pior de tudo é quando esse estado de coisa impera na iniciativa privada. Muitos dirigentes de empresas tratam suas organizações como se fossem feudos. Sua maneira de se relacionar com os outros executivos e empregados são como se eles fossem simples agregados à sua Casa Grande, numa atitudes de prepotência, desrespeito e arrogância que espalha clima de medo e receio de perda de cargo ou de emprego. Esse tipo de liderança é o mais deletério que se pode ter no cenário empresarial, pois inibe o poder criativo que todas as pessoas têm e, sem criatividade, a empresa estagna no tempo, na sua qualidade e no seu poder de competitividade, dando vez a que os concorrentes ocupem todo o mercado. Porém não se deve confundir as coisas. Os dirigentes empresariais devem sim tomar atitudes firmes na condução de seus negócios. Cobrar desempenho, cumprimento de metas em prazos certo; cobrar resultados. Ai é que está o problema: a maneira de agir é que faz a diferença. Como fazer as cobranças, como impor os procedimentos corretos sem incorrer no erro da impropriedade? A meta principal de toda organização mercantil é ser economicamente produtiva, moderna e socialmente viável. As pressões são necessárias para se atingir esse alvo, porém as empresas “são construídas com base na confiança, que, por sua vez, é construída com base na comunicação e na compreensão mútua”, como diz Peter Drucker, um dos papas da moderna administração de empresas. Como compreensão mútua não se consegue na base do grito, há que se administrar com a razão e não com a emoção. 

 Tribuna do Norte. Natal, 14 dez. 2014.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

URINOL ETÍLICO - JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA.


JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA

Urinol etílico José Eduardo Vilar Cunha.  (*)


 Normalmente as quartas feiras se reúnem no Iate clube do Natal para o almoço de confraternização, os afiliados da Ágape, uma entidade recreativa sem fins lucrativos. Numa quarta feira do encontro costumeiro, se assentavam lado a lado na mesa posta para o almoço, muitos dos seus adeptos, quando de repente surgem pela a porta principal, Affonsinho e Marcelo Morais que pareciam mais com a dupla dinâmica Robin e Batman. A conversa é o ponto alto do encontro e, diante de mim, estava num animado papo, Affonsinho, que dizia que, na sua família havia nomes muito estrambólicos e, começou citando: Minha avó se chamava Occidentina e suas irmãs; Orientina, Ocasina, Poentina, Astrolina, Luina Marina e Orizontina. Da mesma maneira com nomes estranhos eram denominados os seus irmãos: Eraldim, Podalírio, Waldencolk e Trasíbolo. Entretanto, todos eram designados por apelidos, o de minha avó Occidentina era Picucha. Durante o rango, Affonsinho relata acontecimentos que sucederam na sua vida na década de 1950 e, com desembaraço foi narrando; primeiramente que a sua avó Picucha tinha um belo sitio no Município de Caxias, RJ. Durante o relato ele conta que, num certo dia, Picucha e seu irmão Eraldim, apelidado de Peri, que era um exímio tocador de bandolim, os dois, resolveram organizar uma feijoada para homenagear os músicos da Velha Guarda, e dentre eles estavam: Pixinguinha, Donga, Nelson Cavaquinho, João da Bahiana e Jacó do Bandolim. Todavia, para animar mais a festa a avó de Affonsinho o convida e estende a invitacão aos seus amigos e amigas, já que a feijoada era abundante. A questão estava como ir para Caxias, contava Affonsinho, dado a distância, mas, seu amigo Luciano Toscano “O Lucky” se prontificou de conseguir um caminhão da firma João Fortes Engenharia, onde trabalhava. Estava tudo combinado para o dia da festa, o caminhão deveria passar bem cedo, em frente a sua residência no posto 6, bairro de Copacabana. A ansiedade tomava conta da turma de Copacabana, que nesse dia compunham a algazarra os amigos: Hélio Nelson, Afraninho Guerreiro, Ezequiel Ferreira, Abdiel Karin, Carlos Alberto, que tinha o apelido de Cabelo Bom, Breno Capistrano, Edmundo Miranda e algumas namoradas. O alvoroço aumenta quando surge o caminhão na esquina da rua, a euforia foi total e no momento que o veículo para, a procura por um bom lugar foi acirrada, na boléia, continuava lucky e na carroceria todo grupo se aboletava. Durante o trajeto para Caxias o grupo cantava e brincava, todos estavam animadíssimos com aquele acontecimento e, com a perspectiva de uma boa farra, pois haveria um confronto entre a Velha Guarda que era composta pelos músicos e Nova Guarda, o intuito era para ver quem bebia mais e aguentava o tranco. Ao chegar ao sitio, a rapaziada desembarca do caminhão ávida para iniciar os trabalhos e partem logo para a coleta dos limões que foram retirados do pé. Com os limões já colhidos e com toda pressa, correm para a cozinha, com as cachaças, o açúcar e gelo para confeccionar a batida que, na época, não era conhecida como caipirinha. Todavia, faltava um elemento, a jarra, foi então que Affonsinho pediu a sua avó um recipiente para fazer a mistura. Ela então lhe disse que não tinha mais nenhum recipiente, além dos que tinha utilizado na colocação do feijão, das carnes, da farofa, linguiça, couve, arroz e que também não possuía mais nenhuma panela disponível. Aí eu aloprei, contou Affonsinho, pois como é que iríamos enfrentar a batalha sem munição. Foi então que a avó Picucha, disse: ”Peraí, tem em um penico”. Muito bem, pensei, como ela era uma senhora de formas avantajadas achei que a peça oferecida serviria para a finalidade a que se propunha. Tá legal vovó, traz o penico. Realmente o urinol era grande o suficiente, e desta maneira foi dado o início da confecção do precioso líquido. Após realização de diversas misturas e provas com os participantes, surge uma dúvida que foi indagada: ”Vovó este penico é novo”? E ela respondeu: Novinho, só usei uma vez, e está bem limpo. Naquela altura da bebedeira não tinha mais jeito de parar, continuamos a usá-lo, com o maior gosto e alegria. No final da disputa etílica, entre a Nova e a Velha Guarda, conta Affonsinho, o confronto terminou empatado, arriou um dos nossos, o Edmundo e um deles o Nelson Cava-
quinho.

(*) Prof. Doutor em Engenharia, Jornalista escritor. Membro do IHGRN / UBE

terça-feira, 25 de novembro de 2014

VIVER - UM POEMA DE EDUARDO GOSSON.

EDUARDO GOSSON



V I V E R
 Eduardo Gosson 

Vivi

o Tempo que me foi dado
Nem mais!,
Nem menos!

Agora

como do Pão Sagrado
e bebo
no Cálice da Salvação