terça-feira, 20 de agosto de 2013

ENCONTRO COM A POESIA - GONÇAVES DIAS - POR HORÁCIO PAIVA (CONTINUAÇÃO).




Ainda uma vez -Adeus 

I Enfim te vejo! - enfim posso, 
Curvado a teus pés, dizer-te, 
Que não cessei de querer-te, 
Pesar de quanto sofri. 
Muito penei! 
Cruas ânsias,
 Dos teus olhos afastado, 
Houveram-me acabrunhado
 A não lembrar-me de ti! 

II Dum mundo a outro impelido, 
Derramei os meus lamentos
 Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
 Baldão, ludíbrio da sorte
 Em terra estranha, entre gente,
 Que alheios males não sente,
 Nem se condói do infeliz! 

III Louco, aflito, a saciar-me
 D'agravar minha ferida,
 Tomou-me tédio da vida, 
Passos da morte senti;
 Mas quase no passo extremo,
 No último arcar da esp'rança,
 Tu me vieste à lembrança: 
Quis viver mais e vivi!

 IV Vivi; pois Deus me guardava
 Para este lugar e hora! 
Depois de tanto, senhora, 
Ver-te e falar-te outra vez;
 Rever-me em teu rosto amigo,
 Pensar em quanto hei perdido,
 E este pranto dolorido
 Deixar correr a teus pés.

 V Mas que tens?
Não me conheces? 
De mim afastas teu rosto?
 Pois tanto pôde o desgosto
 Transformar o rosto meu?
 Sei a aflição quanto pode,
 Sei quanto ela desfigura, 
E eu não vivi na ventura...
 Olha-me bem, que sou eu! 

VI Nenhuma voz me diriges!..
 Julgas-te acaso ofendida? 
Deste-me amor, e a vida
 Que me darias - bem sei;
 Mas lembrem-te aqueles feros
 Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram, 
Mal sabes quanto lutei!

VII Oh! se lutei! . . . mas devera
 Expor-te em pública praça,
 Como um alvo à populaça, 
Um alvo aos dictérios seus!
 Devera, podia acaso
 Tal sacrifício aceitar-te 
Para no cabo pagar-te, 
Meus dias unindo aos teus? 

VIII Devera, sim; mas pensava,
Que de mim t'esquecerias,
 Que, sem mim, alegres dias
 T'esperavam; e em favor 
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
 O meu quinhão de alegria 
Pelo teu, quinhão de dor! 

 IX Que me enganei, ora o vejo;
 Nadam-te os olhos em pranto, 
Arfa-te o peito, e no entanto
 Nem me podes encarar;
 Erro foi, mas não foi crime;
 Não te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro, 
Vida e glória por te amar! 

X Tudo, tudo; e na miséria
 Dum martírio prolongado, 
Lento, cruel, disfarçado, 
Que eu nem a ti confiei:
"Ela é feliz (me dizia), 
"Seu descanso é obra minha."
Negou-me a sorte mesquinha. . .
 Perdoa, que me enganei!

 XI Tantos encantos me tinham, 
Tanta ilusão me afagava 
De noite, quando acordava, 
De dia em sonhos talvez!
 Tudo isso agora onde pára?
 Onde a ilusão dos meus sonhos? 
Tantos projetos risonhos, 
Tudo esse engano desfez!

 XII Enganei-me!... - Horrendo caos
 Nessas palavras se encerra,
 Quando do engano, quem erra
Não pode voltar atrás!
 Amarga irrisão! reflete:
 Quando eu gozar-te pudera, 
Mártir quis ser, cuidei qu'era... 
E um louco fui, nada mais! 

 XIII Louco, julguei adornar-me
 Com palmas d'alta virtude!
Que tinha eu bronco e rude 
Co’o que se chama ideal?
 O meu eras tu, não outro; 
Stava em deixar minha vida
 Correr por ti conduzida,
 Pura, na ausência do mal. 

XIV Pensar eu que o teu destino
 Ligado ao meu, outro fora,
 Pensar que te vejo agora,
 Por culpa minha, infeliz;
 Pensar que a tua ventura Deus ab eterno a fizera, 
No meu caminho a pusera...
 E eu! eu fui que a não quis!

 XV És d’outro agora, e pr'a sempre!
 Eu a mísero desterro 
Volto, chorando o meu erro,
 Quase descrendo dos céus! 
Dói-te de mim, pois me encontras
 Em tanta miséria posto, 
Que a expressão deste desgosto 
Será um crime ante Deus!

 XVI Dói-te de mim, que t'imploro 
Perdão, a teus pés curvado;
 Perdão!... de não ter ousado 
Viver contente e feliz!
 Perdão da minha miséria, 
Da dor que me rala o peito, 
E se do mal que te hei feito,
 Também do mal que me fiz!

 XVII Adeus qu'eu parto, senhora;
 Negou-me o fado inimigo
 Passar a vida contigo, 
Ter sepultura entre os meus;
 Negou-me nesta hora extrema, 
Por extrema despedida,
 Ouvir-te a voz comovida
 Soluçar um breve Adeus!

 XVIII Lerás porém algum dia 
Meus versos d'alma arrancados,
 D'amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; - e então,
 Confio que te comovas,
 Que a minha dor te apiede,
 Que chores, não de saudade, 
Nem de amor, - de compaixão.


N  O  T  A  S: 

 (1) Nota redigida por Onestaldo de Penafort, a pedido de Manuel Bandeira: “A poesia “Ainda uma vez - adeus!”, bem como as poesias “Palinódia” e “Retratação”, foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo. Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias “Seus olhos” e “Leviana”. Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor de sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família. A família da linda Don’Ana - como lhe chamavam - tinha o poeta em grande estima e consideração. Mais forte, porém, do que tudo, era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento. Por seu lado, o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la! E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don’Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações. Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. Desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de “Ainda uma vez - adeus!”, as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue.” 
 (2) A estas alturas sou tentado à exploração dialética, intertextual, de outro poema de Gonçalves Dias, também inspirado pela musa Ana Amélia, mas escrito antes dos sucessos dramáticos que os envolveram. Trata-se de “Olhos verdes”, e o associo a dois outros de temática igual: o primeiro, de Camões (1524-1580) - e portanto anterior ao de Gonçalves Dias; o segundo, posterior a este, é de outro brasileiro ilustre: o parnasiano Vicente de Carvalho (1866-1924). Vejam os três - e percam-se nesses sonhos: 

 De Gonçalves Dias: 

 OLHOS VERDES 

 São uns olhos verdes, verdes, 
 Uns olhos de verde-mar, 
Quando o tempo vai bonança;
 Uns olhos cor de esperança, 
Uns olhos por que morri; 
Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
Como duas esmeraldas, 
Iguais na forma e na cor, 
Têm luz mais branda e mais forte. 
Diz uma - vida, outra - morte; 
Uma - loucura, outra - amor. 
Mas ai de mi!
 Nem já sei qual fiquei sendo 
Depois que os vi!
 São verdes da cor do prado,
 Exprimem qualquer paixão,
 Tão facilmente se inflamam, 
Tão meigamente derramam 
Fogo e luz do coração;
 Mas ai de mi! 
Nem já sei qual fiquei sendo 
Depois que os vi!
 Como se lê num espelho,
 Pude ler nos olhos seus! 
Os olhos mostram a alma, 
Que as ondas postas em calma
 Também refletem os céus;
 Mas ai de mim!
 Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!
 Dizei vós, ó meus amigos,
 Se vos perguntam por mim,
 Que eu vivo só da lembrança
 De uns olhos da cor da esperança, 
De uns olhos verdes que vi!
 Que ai de mim!
 Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!
 Dizei vós:” Triste do bardo!
 Deixou-se de amor finar!
 Viu uns olhos verdes, verdes,
 Uns olhos da cor do mar;
 Eram verdes sem esp’rança, 
Davam amor sem amar!” 
Dizei-o vós, meus amigos, 
Que ai de mi! 
Não pertenço mais à vida 
Depois que os vi!

 De Camões: MOTE ALHEIO
 Menina dos olhos verdes,
 Por que me não vedes?
 VOLTAS
 Eles verdes são, 
 E têm por usança 
 Na cor esperança
 E nas obras não.
 Vossa condição
 Não é de olhos verdes, 
 Porque me não vedes.
 Isenção a molhos
 Que eles dizem terdes, 
 Não são de olhos verdes, 
 Nem de verdes olhos. 
 Sirvo de geolhos,
 E vós não me credes, 
 Porque me não vedes. 
 Havia de ser,
 Por que possa vê-los, 
 Que uns olhos tão belos
 Não se hão de esconder. 
 Mas fazeis-me crer 
 Que já não são verdes, 
 Porque me não vedes.
 Verdes não o são
 No que alcanço deles;
 Verdes são aqueles
 Que esperança dão.
 Se na condição
 Está serem verdes, 
 Por que me não vedes? 

 De Vicente de Carvalho: 

OLHOS VERDES

 Olhos encantados, olhos cor do mar, 
 Olhos pensativos que fazeis sonhar! 
 Que formosas cousas, quantas maravilhas 
 Em vos vendo, sonho, em vos fitando vejo;
 Cortes pitorescos de afastadas ilhas 
 Abanando no ar seus coqueirais em flor, 
 Solidões tranquilas feitas para o beijo,
 Ninhos verdejantes feitos para o amor... 
 Olhos ensativos que falais de amor!... 
 Vem caindo a noute, vai subindo a lua...
 O horizonte, como para recebê-las,
 De uma fímbria de ouro todo se debrua;
 Afla a brisa, cheia de ternura ousada,
 Esfrolando as ondas, provocando nelas 
 Bruscos arrepios de mulher beijada... 
 Olhos tentadores da mulher amada! 
 Uma vela branca, toda alvor, se afasta
 Balançando na onda, palpitando ao vento;
 Ei-la que mergulha pela noite vasta,
 Pela vasta noute feita de luar;
 Ei-la que mergulha pelo firmamento
 Desdobrando ao longe nos confins do mar...
 Olhos cismadores que fazeis cismar!
 Branca vela errante, branca vela errante,
 Como a noute é clara! 
Como o céu é lindo!
 Leva-me contigo pelo mar... 
Adiante! 
 Leva-me contigo até mais longe, 
a essa Fímbria do horizonte onde te vais sumindo
 E onde acaba o mar e de onde o céu começa... 
 Olhos abençoados cheios de promessa! 
 Olhos pensativos que fazeis sonhar,
 Olhos cor do mar!

COMBATE ÀS TREVAS - XIV (A QUESTÃO DAS DROGAS - CIGARRO) - POR EDUARDO GOSSON.

EDUARDO GOSSON

COMBATE ÀS TREVAS – XIV (a questão das drogas- Cigarro)
 Por Eduardo Gosson (*)

 Dando  prosseguimento aos artigos COMBATE ÀS TREVAS, hoje abordaremos o cigarro, que é uma droga legal vendida em qualquer esquina e que causa sérios problemas a médio e a longco prazo. 
Cristóvão Colombo quando veio em direção às Américas encontrou entre os indígenas o tabaum que eram usados em seus rituais. A França foi o primeiro país europeu a conhecer o tabaco. Lá mudou de nome para nicotina em homenagem ao diplomata Jean Nicot (1530-1600). A partir do século XX passou a ser fabricado em escala industrial como conhecemDandoos hoje. A mídia, através dos meios de comunicação de massas, incentivou o consumNo, principalmente o cinema; dos anos cinqüenta até os dias de hoje é veiculado sistematicamente. Segundo os especialistas, o cigarro possui em torno de 5.000 substâncias químicas que provocam desde o câncer, a impotência sexual até o enfisema pulmonar. Para obter mais prazer o indivíduo vai aumentando o consumo até desenvolver a dependência. Desde os anos 70 que, aos poucos, as pessoas estão se conscientizando dos seus malefícios e muitos países proibiram as campanhas publicitárias. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o tabagismo é responsável pela a morte de 4 milhões de pessoas no mundo e no Brasil é responsável por 80.000 mortes por ano. Afora o amarelecimento dos dentes, o cigarro provoca mau-hálito. Vai continuar fumando? Hoje, existe tratamento medicamentoso para você deixar de fumar. Procure um médico psiquiatra especializado em dependência química. (*) 

Poeta, preside a União Brasileira de Escritores - UBE/R

ENCONTRO COM A POESIA - GONÇALVES DIAS - TEXTO DE HORÁCIO PAIVA.

GONÇALVES DIAS
HORÁCIO PAIVA

Este encontro me remete a um tempo pessoal já antigo: 1965, quando eu tinha 19 anos, na casa de meu irmão Daltro, em Macau, no calor da tarde, antes do vento Nordeste soprar. Ali encontrei o romântico Gonçalves Dias, emocionado e inspirado (algo, aliás, próprio dos românticos), no torvelinho estético da dor e da poesia em que se envolvera, ao relembrar a paixão amorosa de sua juventude, podada pelo destino, e com maestria exposta em seu notável poema “Ainda uma vez - adeus!”, o qual Daltro declamava, com ávido entusiasmo. Trata-se de poema dos mais belos e também dos mais vivos do romantismo latino-americano. Algo prosaico, confessional, e sobretudo humano, confere-lhe ares de modernidade. Claro, não foi o primeiro Gonçalves Dias que vi, pois já conhecera o da “Canção do Tamoio” (quase uma oração de otimismo e força) e o da “Canção do Exílio” (quase um hino - e estando, de fato, algumas de suas expressões no Hino Nacional), e vários outros, desde remotíssimos tempos escolares. Já se chegou a dizer que a “Canção do Exílio” é o maior fenômeno de intertextualidade da cultura brasileira, tal o número de produções sequenciais que gerou. Estes - aos quais acrescento “I – Juca-Pirama” (“o que será morto”, considerado o ponto mais alto da poesia indianista) e “O Canto do Piaga” -, todos belos poemas, tratando de povo e terra pátria, têm a natureza do romantismo social, segmento da escola romântica tão ao gosto dos italianos e também explorado por outro grande poeta nacional, o baiano Castro Alves - com as cores da política e do protesto. Com efeito, duas vertentes jorram da sensibilidade estética de Gonçalves Dias. Ambas de águas límpidas, mas torrenciais: uma, épica, social, nacional, indianista e naturalista, que exalta e defende o povo originário - os Índios - a natureza exuberante do Brasil tropical, em que os mencionados poemas são exemplos; outra, amorosa, íntima, sentimental, individualista. Pérolas desse romantismo intimista, lírico, autobiográfico e emocional (cujo subjetivismo constitui a sua característica emblemática, por vezes chegando a definir o cerne da própria escola) são, sem dúvidas, os seus poemas “Olhos verdes”, “Não me deixes” e “Ainda uma vez - adeus!”. Este último, especialmente, que traduz episódio dos mais intensos de sua vida - quando o poeta sentiu a mão pesada e dura do áspero destino, como diria José Albano -, chega a resultado lírico dos mais sublimes. Ao final desta resenha, transcrevo nota do poeta e tradutor Onestaldo de Penafort, redigida sobre o assunto, a pedido de Manuel Bandeira. Nasceu Antônio Gonçalves Dias em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, Município de Caxias, Maranhão, e faleceu em 3 de novembro de 1864 (aos 41 anos), tragicamente, quando retornava da Europa, no naufrágio do navio Ville de Boulogne, na costa daquele Estado (mais precisamente no baixio dos Atins, em frente à Ponta da Boa Vista, perto de Tutóia). Foi, aliás, o único a morrer: esquecido em seu leito, agonizante, com a tuberculose em fase avançada, afogou-se. Era filho de pai branco e mãe índia ou cafusa (mestiça de africano, negro, com índio). Seu pai, o comerciante português João Manuel Gonçalves Dias, se refugiara com a amante, Vicência Ferreira, no sítio onde nasceu o poeta, para escapar a perseguições políticas de nacionalistas radicais. Nunca legalizou essa união conjugal, encerrada por ele, que se casou com outra mulher, mas mantendo a guarda do filho, afastado assim da mãe com apenas 6 anos de idade. Anos depois, havendo-lhe morrido o pai, o poeta contou com o apoio da madrasta, que o mandou estudar em Portugal. Ali, na histórica Universidade de Coimbra concluiu seu curso de Direito, retornando ao Brasil em 1845. O período passado em Portugal foi muito importante na formação de Gonçalves Dias. Além de seu curso universitário, estudou língua e literatura de vários países: França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália. E teve contato com vários escritores do romantismo português, entre eles Alexandre Herculano, Almeida Garret, Feliciano de Castilho. Também em Coimbra escreveu os “Primeiros Cantos”, parte dos “Segundos Cantos” e, em 1843, aquele que viria a ser o seu poema mais famoso e mais reproduzido e conhecido em nosso País: a “Canção do Exílio”. De volta ao Brasil, exerceu diversos cargos públicos, desde professor de Latim e História do Brasil no renomado Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros (o que lhe deu novas oportunidades de viagens ao exterior) a membro da Comissão Científica de Exploração. Mesmo nesta apertada síntese biográfica, não pode faltar a citação desses episódios escritos pela mão do destino e que marcaram o poeta: seu encontro e paixão imediata por Ana Amélia Ferreira do Vale, em 1851, no Maranhão, e, no ano seguinte, 1852, a rejeição, pelos pais dela, do pedido de casamento, motivada pela origem bastarda e mestiça do poeta. Voltando ao Rio, nesse mesmo ano de 1852, casou com Olímpia Carolina da Costa, mas não foi feliz. Dela separou-se em 1856. Tiveram uma filha, que morreu ainda na primeira infância. Produziu uma extensa obra literária. Além de poeta, teatrólogo, romancista, etnógrafo, historiador, advogado, professor, exerceu o jornalismo. Estudioso do idioma Tupi, escreveu um “Dicionário da Língua Tupi”, impresso em Leipzig, Alemanha, pela editora Brockhaus, em 1858. Como poeta, publicou: “Primeiros Cantos” (1846), “Segundos Cantos” (1848), “Últimos Cantos” (1851), “Os Timbiras” (1857), “Cantos” (1857). Após sua morte, são publicados os poemas então inéditos de “Lira Vária”, em 1869. À exceção de “Os Timbiras” e “Cantos”, editadas em Leipzig, as demais o foram no Rio de Janeiro. 
 GONÇALVES DIAS (n. 10/08/1823, Caxias; m. 03/11/1864, costa do Maranhão).

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OBS: IMPOSSIBILITADA TECNICAMENTE PARA COLAR OS POEMAS, DEIXAREI PARA FAZÊ-LO DEPOIS.

sábado, 17 de agosto de 2013

COMBATE ÀS TREVAS - XIII (A QUESTÃO DAS DROGAS – ANFETAMINAS) - AUTORIA DE EDUARDO GOSSON.

EDUARDO ANTONIO GOSSON

COMBATE ÀS TREVAS - XIII (a questão das drogas – Anfetaminas)
 Por Eduardo Gosson(*) 

 As drogas sintéticas chamadas de “bolinhas ou rebite” que fizeram a cabeça da juventude nos anos 70, estão de volta, batizadas com nomes mais ousados ecstasy que são amplamente consumidas nos pubs e nas reves. Esta droga foi sintetizada em 1887 na Alemanha, porém só em 1930 foi que passou a ser usada no tratamento de várias doenças, especialmente na narcolepsia (sono incontrolável), nos distúrbios de concentração e depressão. Como efeito estimulante foi usada na Segunda Guerra Mundial para combater a fadiga dos soldados e também pelas as tropas americanas nas guerras do Vietnã (1961-1973) e da Coréia(1950-1953). Calcula-se que 4,4% dos estudantes das dez maiores capitais já fizeram uso, levando-os à dependência. No meio dos meninos de rua é a terceira droga mais consumida no Nordeste, perdendo para a maconha e os inalantes. Seu princípio ativo anticolinérgico serve para combater também o Mal de Parkinson ou distúrbios gastrintestinais. (*) Poeta, preside a União Brasileira de Escritores - UBE/RN

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

BASTANTE PRESTIGIADA A NOITE DA UBE E DAS HOMENAGENS AO DR. JOAQUIM LUZ, QUE GANHOU, IN MEMÓRIA, DO FILHO CAÇULA, UM LIVRO PARA A POSTERIDADE, NA NOITE DE 14-08-2013, NA ANL (PARTE 02).


JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA
O AUTOR COM CARGOS GOMES E THEREZA
EDUARDO GOSSON (PRESIDENTE DA UBE) E A ESPOSA SUELY.
O AUTOR E IVIS BEZERRA QUE FEZ BREVE E BELA ABORDAGEM SOBRE O DR.JOAQUIM LUZ.
ILUSTRES AMIGOS: NELSON FREIRE, VALÉRIO MESQUITA -RESIDENTE DO IHG/RN) E O CONFRADE CAIO FERNANDES.
 
IVIS BEZERRA, VALDIRZINHO VILAR, OLIMPIO MACIEI (QUE FEZ A APRESENTAÇÃO DO LIVRO E BRINDOU-NOS FAZENDO A LEITURA  EMOCIONAL, NA SOLENIDADE), MAX AZEVEDO E NEIDE MACIEL.
 
SALÉSIA DANTAS, TICIANO DUARTE, JOSÉ EDUARDO E JOÃO BATISTA MACHADO.
DUMARESQUE, JAHYR NAVARRO E SONIA
ROGÉRIA COSTA (PARCEIRA DA NOITE ATRAVÉS DO CHEZ ROGÉRIA) JOSÉ EDUARDO E GIULIANA CUNHA.
VERINHA LIMARJO, LÚCIA DE FÁTIMA VIVEIROS E O AUTOR DA NOITE.
JOSÉ EDUARDO E MACHADINHO
 
SONIA, ZÉ DUDU, DUMARESQUE E GIULIANA
ZÉ DUDU, JAHYR NAVARRO, OLIMPIO MACIEL E MAX AZEVEDO.
ZÉ DUDU E MAX AZEVEDO
TÂNIA DAL SANTOS E O SOBRINHO, FILHO DE ZÉ DUDU
JOSÉ EDUARDO
O AUTOR E SUAS IRMÃS: TÂNIA E TELMA
OS FILHOS DE JOAQUIM LUZ: ZÉ DUDU, TELMA E TÂNIA. OS GENROS: ROGÉRIO E DAL SANTOS
UM DOS FILHOS DE ZÉ DUDU, COM ROGÉRIA COSTA E LUCIA HELENA.
ZÉ DUDU, SUZANA GALVÃO (ANIVERSARIANTE), ROGÉRIA COSTA E LÚCIA HELENA

domingo, 11 de agosto de 2013

TEM CELULAR NO CÉU? POR EDUARDO ANTONIO GOSSON.



TEM CELULAR NO CÉU? 
 Por Eduardo Gosson(*) 

 Dizia o saudoso poeta de Macau, Gilberto Avelino, que “é preciso preservar o sorriso bonito das crianças/pois há tanta beleza em seus olhares”. Hoje, Dia dos Pais, a minha primeira neta Rebeca fez-me o seguinte comentário: “- Vovô, no céu tem telefone celular?” “Não, querida. Por quê?” “Porque estou com muita saudade do meu tio Fausto. Eu preciso falar com ele”. Como é do conhecimento de todos, perdi o ano passado um filho -Fausto- em condições trágicas, vítima de uma overdose de cocaína. Por isso, meu Deus, tu que és onipotente e onipresente e onisciente atende este telefone de uma garotinha de 9 anos que, rompendo a lógica das coisas, nos leva a um mundo onde viver não custa muito ao pensamento e que faz da vida uma aventura errante. De repente, não mais que de repente. 

(*)Poeta, preside a União Brasileira de Escritores - UBE/RN

sábado, 10 de agosto de 2013

COMBATE ÀS TREVAS – XII (A QUESTÃO DAS DROGAS: O ÁLCOOL) - AUTORIA DE EDUARDO GOSSON.

DR. EDUARDO ANTÔNIO GOSSON

COMBATE ÀS TREVAS – XII (A QUESTÃO DAS DROGAS: O ÁLCOOL)
 Eduardo Gosson*

 Das drogas lícitas o álcool é a mais antiga, remonta a 3.500 a.Cristo na região do Oriente Médio e a 6000 a. C. na Mesopotâmia. No texto bíblico, o primeiro cachaceiro foi Noé que tomou grandes porres com o vinho das uvas por ele plantada. Na velha Roma o vinho era parceiro das orgias e bacanais. Roma tinha dois comportamentos: rigor na vida pública e devassidão na privada. O poeta Ovídio conheceu o exílio por ter escrito o livro A Arte de Amar, hoje considerado leve face os valores atuais. Hoje o jovem é incentivado a beber desde cedo: família e mídia. Na ânsia de não ficar para trás é empurrado para os braços da bebida. Não sabe ele: de cada 100 jovens 10 desenvolverão o vício. Estima-se que o álcool afeta 15% da população, acarretando elevados custos para a sociedade. A indústria do álcool movimenta 3,5% do Produto Interno Bruto – PIB e o governo gasta 7,3% para cuidar do problema. Dinheiro este que poderia ser investido em educação ou moradia popular. Por esse e outros motivos advogamos que o álcool deveria ser abolido da nossa sociedade, a exemplo da Arábia Saudita onde é rigorosamente proibido ( o Alcorão não permite). Estrangeiros que são pego bebendo, imediatamente eles colocam dentro do avião e mandam de volta para o país de origem. Poder-se-ia perguntar: - Por que tamanho radicalismo? - Porque o ser humano até hoje não entendeu o valor da delicadeza e da democracia. A única linguagem que a humanidade entende é a da dureza. Já imaginou se um país como a China, com uma população de 1 bilhão e 500 milhões de habitantes, implantasse a Democracia? Simplesmente deixaria de funcionar e não estaria na Vanguarda deste Terceiro Milênio. A Democracia implantada no Brasil desde José Sarney resolveu os problemas básicos: saúde, segurança e educação? *Eduardo Gosson é poeta. Preside a União Brasileira de Escritores - UBE/RN

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

COMBATE ÀS TREVAS – XI (A QUESTÃO DAS DROGAS) POR EDUARDO GOSSON E ARIEL - PALÁCIOS CÂMARA DO URUGUAI

EDUARDO ANTONIO GOSSON


Aprovada lei da maconha A primeira conseqüência gerada após a publicação de documento da OEA sugerindo a legalização da maconha já começou: a Câmara de Deputados do Uruguai aprovou o projeto de lei do governo do presidente José Mujica que legaliza o cultivo, distribuição e a venda de maconha. A Frente Ampla, a coalizão de governo que reúne socialistas, democrata-cristãos, comunistas e ex-guerrilheiros tupamaros obteve os 50 votos necessários para aprovar o projeto, cujo debate levou 13 horas. Outros 46 deputados votaram contra a legalização da cannabis sativa. Os parlamentares governistas afirmaram que a legalização da maconha constituirá um duro golpe ao narcotráfico, que perderá parte de seus negócios. No entanto, a oposição criticou o projeto, alegando que estimulará o consumo de drogas de forma geral. O projeto será encaminhado à uma comissão do Senado e posteriormente levado ao plenário onde seria debatido até dezembro deste ano. Caso seja aprovado na câmara alta a lei terá que ser regulamentada, ação que levaria vários meses adicionais. Desta forma, a lei - depois de confirmada com a rubrica do presidente Mujica - poderia estar em plena vigência em meados do ano que vem. A aprovação na Câmara esteve a ponto de fracassar, já que a Frente Ampla quase perdeu o único voto que lhe permitia maioria. O protagonista do suspense foi o deputado Darío Pérez, que havia expressado dúvidas sobre seu voto ao longo do último mês. Ele somente confirmou que votaria a favor durante o debate. “Não gosto de dizer palavrões...mas a maconha é uma bosta!”, afirmou. No entanto, disse que votaria a favor, apesar de discordar, por uma questão de disciplina partidária. “Os organismos máximos da Frente Ampla tomaram a determinação de seguir com este projeto. Enquanto eu seja parte da Frente, seguirei as regras, às quais me submeto”, disse. No Senado, de um total de 30 cadeiras, a Frente Ampla conta com 16 parlamentares. No entanto, a maioria dos senadores da coalizão ainda não expressaram suas opiniões sobre o projeto de legalização da maconha. No ano passado o Parlamento do Uruguai aprovou a descriminalização do aborto. Em abril foi a vez da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Parlamento uruguaio avalia atualmente projetos para a legalização da eutanásia. Licenças serão concedidas por órgão de controle O projeto de lei cria um organismo público - o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca) - que fornecerá as licenças a empresários que realizem as plantações privadas para a venda em farmácias. O instituto também estará a cargo do processo de importação de sementes da cannabis sativa. Os consumidores habilitados - além dos produtores - deverão fazer parte de um registro nacional. Somente cidadãos uruguaios e estrangeiros residentes no país poderão fazer parte do registro. Uruguaios que residem no exterior e estrangeiros de visita ao país não poderão comprar maconha. Os consumidores registrados poderão adquirir 40 gramas mensais de maconha nas farmácias habilitadas. O projeto também determina que os cidadãos que quiserem plantar a maconha em casa poderão contar com um máximo de seis pés fêmeas de cannabis (as plantas fêmeas são as que possuem o princípio psicoativo). A colheita destas plantas - que será fiscalizada pelo Ircca - não poderá ultrapassar as 480 gramas anuais. Além disso, está prevista a criação de clubes (pequenas cooperativas) que poderão plantar a erva, que terá que ser distribuída entre seus associados. Estes clubes poderão ter um mínimo de 15 membros e um máximo de 45 pessoas. O teto máximo de plantas será de 99 pés. O governo Mujica sustenta que, com a legalização da comercialização da maconha existe uma possibilidade de “arrebatar” o business aos narcotraficantes e “separar o mercado do paco e da maconha”. Segundo o governo, o mercado atualmente “é ilegal e está desregulado”

sábado, 3 de agosto de 2013

COMBATE ÀS TREVAS – IX (A QUESTÃO DAS DROGAS) - POR EDUARDO ANTONIO GOSSON.


EDUARDO GOSSON
OEA sugere possível legalização da maconha nas Américas.
  Por Eduardo Gosson

 Documento é o primeiro de organização multilateral a contemplar possível legalização da maconha Um relatório sobre drogas divulgado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na noite de sexta-feira na Colômbia sugere a possibilidade da legalização da maconha no continente americano. O documento é o primeiro de uma organização multilateral a admitir a possibilidade de legalização. A OEA reúne os 35 Estados independentes das Américas. Tópicos relacionados O relatório foi entregue pelo secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anfitrião da Sexta Cúpula das Américas, realizada no ano passado, quando se encomendou o relatório para analisar a chamada "guerra às drogas". O estudo da organização concluiu que a questão do uso de drogas deveria ser tratada primordialmente como uma questão de saúde pública e que os usuários deveriam ser tratados como doentes, não processados criminalmente. O documento também destaca as grandes somas de dinheiro que poderiam ser poupadas pelos governos com a reavaliação da guerra às drogas. Apesar disso, o relatório diz que não há apoio suficiente entre os países membros da OEA para a legalização das drogas ilícitas consideradas mais sérias, como cocaína e heroína. Discussões políticas "O relatório que a OEA nos entregou hoje é uma peça importante para a construção de um caminho que nos permita enfrentar esse problema", afirmou o presidente colombiano, um dos principais defensores de mudanças na guerra às drogas. "Agora que o trabalho real começa, que é a discussão (do relatório) no nível político", disse. "Vamos deixar claro que ninguém aqui está defendendo nenhuma posição, nem legalização, nem regulação, nem guerra a qualquer custo. O que precisamos fazer é usar estudos sérios e bem considerados como esse que a OEA nos apresentou hoje para buscar melhores soluções", disse. Insulza, por sua vez, disse que o objetivo do relatório era "não esconder nada" e mostrar como o problema das drogas "afeta cada país e região, o volume de dinheiro que as drogas fazem circular e quem se beneficia dele, mostrar como as drogas corroem a organização social, a saúde pública, a qualidade do governo e até mesmo a democracia". O relatório chama a atenção para o fato de que as Américas são a única região do mundo na qual todas as etapas relacionadas às drogas estão presentes: cultivo, produção, distribuição e consumo. Além disso, indica o documento, a região concentra aproximadamente 45% dos usuários de cocaína do mundo, cerca de 50% dos usuários de heroína e um quarto dos consumidores de maconha. O consumo de drogas no continente gera, segundo a OEA, US$ 151 bilhões anuais somente com a venda do produto. "A relação entre as drogas e a violência é uma das muitas causas de temor entre nossos cidadãos e contribui para tornar a segurança uma das questões mais preocupantes para os cidadãos de todo o hemisfério", afirmou Insulza. "Esta situação precisa ser enfrentada com maior realismo e efetividade se quisermos avançar", disse.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"PATRONOS ESCOLARES", AUTOGRAFADO EM NOV/2012, SERÁ LANÇADO NO FESTIVAL GASTRONÔMICO DE SERRA DE MARTINS, PELO INSTITUTO ZULMIRINHA VERAS E UBE/RN, DIA 03-08-2013, ÀS 19 HORAS, NA PRAÇA ALMINO AFONSO DA REFERIDA CIDADE NORTE-RIO-GRANDENSE.


GEORGE VERAS - AUTOR DA OBRA.

PATRONOS DE GRUPOS ESCOLARES

 01. ALBERTO MARANHÃO – Grupo Escolar de Nova Cruz 02. ALBERTO TORRES – Grupo Escolar de Petrópolis/Natal 03. ALMINO AFONSO – Grupo Escolar de Martins 04. AMARO CAVALCANTI – Grupo Escolar de São Tomé 05. ANTONIO CARLOS – Grupo Escolar de Caraúbas 06. AUGUSTO SEVERO – Grupo Escolar de Natal 07. AUTA DE SOUSA – Grupo Escolar de Macaíba 08. BARÃO DE CEARÁ-MIRIM – Grupo Escolar Ceará-Mirim 09. BARÃO DE MIPIBU – Grupo Escolar São José de Mipibu 10. CAPITÃO JOSÉ DA PENHA – Grupo Escolar de João Câmara 11. CAPITÃO-MOR GALVÃO – Grupo Escolar de Currais Novos 12. CLODOMIR CHAVES – Grupo Escolar de Almino Afonso 13. CÔNEGO ESTEVÃO DANTAS – Grupo Escolar de Mossoró 14. CONSELHEIRO BRITO GUERRA – Grupo Escolar de Areia Branca 15. CORONEL ANTONIO LAGO – Grupo Escolar de Touros 16. CORONEL FERNANDES – Grupo Escolar Luís Gomes 17. CORONEL SILVINO BEZERRA – Grupo Escolar de Florânia 18. DEMÉTRIO LEMOS – Grupo Escolar de Antônio Martins 19. DR. MANOEL DANTAS – Grupo Escolar de Santo Antonio 20. FERREIRA PINTO – Grupo Escolar de Apodi 21. FREI MIGUELINHO – Grupo Escolar de Natal 22. JERÔNIMO ROSADO – Grupo Escolar de Governador Dix-sept Rosado 23. JOÃO BERNARDINO – Grupo Escolar de Alexandria 24. JOÃO GODEIRO – Grupo Escolar de Patu 25. JOAQUIM CORREIA – Grupo Escolar de Pau dos Ferros 26. JOSÉ MARCELINO – Grupo Escolar de Marcelino Vieira 27. JOSÉ RUFINO – Grupo Escolar de Angicos 28. LUIZ GONZAGA – Grupo Escolar de Pendência 29. MARGARIDA DE FREITAS – Grupo Escolar de Portalegre 30. MASCARENHAS HOMEM – Grupo Escolar de Lagoa Seca/ Natal 31. MEIRA E SÁ – Grupo Escolar de Santana de Matos 32. MOREIRA BRANDÃO – Grupo Escolar de Goianinha 33. MOREIRA DIAS – Grupo Escolar do Bairro Doze Anos/Mossoró 34. NÍSIA FLORESTA – Grupo Escolar de Nísia Floresta 35. PADRE JOÃO MARIA – Grupo Escolar de Jardim de Piranhas 36. PEDRO VELHO – Grupo Escolar de Pedro Velho 37. PROFESSOR VALE MIRANDA – Grupo Escolar de São Vicente 38. SENADOR GUERRA – Grupo Escolar de Caicó 39. SENADOR JOSÉ BERNARDO – Grupo Escolar de São João do Sabugi 40. TENENTE CORONEL JOSÉ CORREIA – Grupo Escolar de Assu.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TÁ TODO MUNDO LOUCO... ARTIGO DE CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES (ESCRITOR E ADVOGADO).


CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES

 Visitando as manchetes dos jornais do Estado e alhures, temos a impressão de que este agosto que hoje se inicia tem tudo para confirmar uma velha música pop - “Tá todo mundo louco”, em todos os níveis, como demonstram as manchetes da incoerência. Os governantes descuraram de suas tarefas no momento oportuno, não relacionam as prioridades, afrouxaram as rédeas e agora procuram emparedar o fluxo da administração e das finanças na antevisão do caos que poderá acontecer, recaindo o pagamento da conta para os que estão na ponta mais frágil. No plano federal a queda da popularidade da Presidenta é vertiginosa mercê de sua gestão estapafúrdia, precipitando projetos de lei que desagradam gregos e troianos. Vai perdendo o jogo com a inflação. A propósito, estampa o Estadão: “Dilma libera R$ 2 bi para conter motim de aliados no Congresso”!!! O Estado do Rio Grande do Norte não caminha diferente, pois proclama uma “falência” e já acumula boa soma de ações pela ordem redutora de proventos, vencimentos e salários dos seus servidores, ativos e inativos a guisa de enxugar a máquina: “O Estado está quebrado”, admite o Secretário de Planejamento (JH de ontem). Por causa disso, Juiz manda suspender propagandas e ameaça multar a governadora. Enquanto isso, o Poder Judiciário e Ministério Público não aceitam redução em seus repasses, mas o Estado insiste: “Sem os cortes, Governo receia atrasar salários” (TN de hoje). O referido vespertino divulga que os repasses destinados aos Poderes aumentaram mais que o incremento de 16,7% da receita no primeiro semestre. O orçamento do TJRN subiu em 19%, do MP em 21,2% e do TCE foi 44,5% mais alto. Por sua vez o Município de “Natal decreta calamidade na saúde pública por 90 dias”; “Construtora desiste de obra do terminal pesqueiro”. Paradoxalmente anuncia-se a programação do “Agosto da Alegria”. Vamos misturar lágrimas com sorrisos! E a Arena das Dunas tem construção próxima dos 85%!!! A Governadora sai em busca de empréstimos no Banco Mundial e quem vai pagar? enquanto a manchete do NJ registra: “ROSALBA: ‘TJ e MP agem como filhos sem mesada’”. Essa “Bomba de efeito retardado” (NJ) ainda vai piorar (Roda Viva). É realmente uma situação difícil essa que atravessamos. Cada um que arroxe o cinto e salve-se como puder!