quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

POEMA DO ESCRITOR CUBANO FÉLIX CONTRERAS QUE ESTARÁ EM NATAL E NA OPORTUNIDADE, VAI PROFERIR UMA CONFERÊNCIA NA UBE/RN, EM AGOSTO/2012.


UBE - UNINDO BANDEIRAS!

BEM VINDO AO POETA CUBANO FÉLIX CONTRERAS!

Félix Contreras é poeta e jornalista, nasceu em Pinar Del Rio, Cuba, 1940. Formado pela Escola de Instrutores de Arte de Havana, é fundador da revista literária El Caimán Barbudo. Autor de diversos livros de poesia e sobre música cubana (Porque tienen filin, Música Cubana, antologia personal).

Em agosto vindouro, dentro do calendário de atividades 2012 da UBE-RN, o presidente da entidade, Eduardo Gosson, comunica a presença do poeta cubano em Natal/RN, oportunidade em que ministrará conferência na Academia Norte- Rio - Grandense de Letras, para o nosso deleite.

Poeta Félix Contreras.



Carta a los hijos


(Félix Contreras)



Les escribo, hijos,
para que no se lleven de mí
tan pronto esa infancia que les di.
Preciosos huéspedes de mis mañanas,
vengan todos los días
a las concreciones paternas de mi alma
y a las olvidadas dichas.



Yo, que fui aquel niño agonizando
delante de la aurora,
yo, el hijo
de aquel padre dueño de la angustia.



Hijos que apartan la sal de las heridas,
sigan llenando de alegría
este corazón de sueños.




Carta aos filhos



(Tradução do sócio da UBE-RN - Horácio Paiva)



Escrevo-lhes, filhos,
para que não afastem de mim
tão depressa a infância que lhes dei.
Preciosos hóspedes de minhas manhãs,
venham todos os dias
aos recantos paternos de minha alma
e às suas esquecidas venturas.



Eu, que fui criança agonizando
diante da aurora,
eu, o filho
daquele pai senhor da angústia.



Filhos que apartam o sal das feridas,
sigam enchendo de alegria
este coração de sonhos.




Meu caro Eduardo,
Mando-lhe um belo poema de nosso amigo Félix Contreras, que traduzi
recentemente. Estimaria que o publicasse no blog de nossa UBE, bem
como na edição de relançamento do nosso querido "GALO". Quero
dizer-lhe que Contreras é um entusiasta desse jornal. E sempre me
indaga sobre ele, torcendo pela sua volta. Da última vez que esteve em
Natal, fez o nosso amigo Anchieta Fernandes procurar velhas edições.
Este, que guarda preciosidades, fez-lhe presente de alguns números
antigos. Por último, em sua despedida, criou, em forma artesanal, a
figura de um galo e deu-me de presente. Coloquei-a numa moldura de
vidro, onde repousa em cantares adormecidos...
Belo, dramático e comovente o artigo sobre sua mãe (in "Eu não pensei
que doía tanto!...").

Um grande abraço,

Horácio Paiva.

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COMENTÁRIOS


Caros amigos Eduardo Gosson e Lúcia Helena,

Vejam a pureza e a alegria do estimado poeta e amigo Félix Contreras ao visitar o blog da UBE! E o interessante é a sua perspicácia, o seu dom psicológico: notou a leveza e a ternura da postagem, saídas das mãos ternas e gentis de Lúcia Helena. Como se já a conhecesse, como se já soubesse de seu mistério floral, menina-poeta saída das flores, que convive e fala com as flores.
Fraternalmente,
Horácio Paiva.

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Meu Caro amigo Horácio,

A maravilha do século, consegui abrir o arquivo com a surprendente e bela matéria publicada no "blog" da UBE. Muito, muito, bom, formozooooo! Eu com meu charutão, as lindas bandeiras de minhas dois pátrias irmãs. E, o poema com tradução saída de suas mãos mestres. A matéria com a notícia de minha palestra oxalá for um conjuro mágico para ser verdade nas datas agosto 23 com minha palestra, o lançamento de teu livro dia 30 (data também do seu aniversário ).
Caro, amado amigo e irmão, temos que abir nessa noite de seu aniversario um vinho do Chile, acender charutos cubanos (já ficam na mala) e ler poemas nossos no balcão, aquele seu que recebe eflúvios da lua namorada do sol brasileiro-cubano.
Abracos também para o Eduardo e flores azuis, vermelhinhas e douradas para a Lúcia Helena que posta (coloca) com amor os textos do mundo.
Caro Horácio, com os abrações da gratitude e as palavras do coração,
obrigado.

Félix Contreras

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Horacio Paiva en su Torre Azul

Em que sonho adormeces
que não é de teu viver?

Horácio Paiva


Su Torre tiene el misterio de los azules medievales,
donde moran poetas de la vieja Coimbra,
el sosiego reunido por la noche que sale del mar
en la hora en que fulgura la esperanza del mundo.
Cada poema que sale de sus manos está
nutrido por las antiguas voces
de sus amados muertos golpeando las palabras.

Además, el espíritu del primer poema del muchacho
Luchando en el acto de crecer.

El poeta habita una Torre en el nordeste brasileño
donde yo oí
las palabras transfiguradas en oro
naciendo del sol del nuevo tiempo
que resurge del antiguo..

La poesía tiene remos que baten
en las aguas del cuerpo y el espíritu
de aquel niño de Macau,
hoy grande poeta de la creación,
cuando él estampa
cada mañana los días y las noches de sus hermanos
en esta tierra
tan necesitada del nítido puro largo cielo
de los futuros días.

Félix Contreras

Um comentário:

  1. Bellos poemas. ¡Cómo extraña a sus hijos!Para eso está la poesía;para sublimar el dolor y hacer de la tristeza un modo de vida.

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