domingo, 15 de dezembro de 2013

POEMA DE ROBERTO LIMA DE SOUZA A NELSON MANDELA -- IM MEMORIAM.







Meus Caros amigos, 


Hoje o mundo se despede do grande homem que foi Mandela. 
Assim, posto mais uma vez o poema que escrevi em sua memória:
 UM HOMEM CHAMADO PAZ
 - Poema à Memória Bendita de Nelson Mandela -
 Roberto Lima de Souza 

 Um dia, a paz despojou-se das convenções humanas
 E foi nascer, de novo, vestindo pele negra, 
No hemisfério sul, no continente mais negro
 Deste mundo de meu de Deus...
É que a paz se cansou de ser branca no hemisfério norte,
 Onde surgiram, meu Deus, as grandes guerras, 
Embora tantos por lá tenham sempre buscado a paz, 

Tenham sempre sonhado com a paz, sempre ela, 
 Vestida de branco e sempre bela... 
 A paz, porém, naquele extremo sul, não foi reconhecida
 Porque estava vestida de negro E os que governavam,
 Iguaizinhos aos homens do outro hemisfério,
 Imaginavam que ela, a paz,
Nascesse branca, dócil e subserviente ao regime
 Que apartava os homens pelas diferenças de cor... 

 E a paz, tomando as dores da sua prima-irmã, a igualdade, 
Precisou endurecer-se na vida para poder lutar
 E enfrentar as duras injustiças sofridas pelos seus irmãos,
 Só porque tinham a mesma cor da sua pele... 

 E porque defendia direitos iguais para os seus,
 Foi a paz considerada subversiva
 E, por longos vinte e sete anos, banida, 
Privada do convívio dos seus...

 E a paz, então, começou a cantar pela voz dos seus irmãos de cor 
E de todas as outras cores que tem o amor...
 E o seu canto foi ouvido pelo mundo inteiro, 
Do hemisfério sul ao hemisfério norte, 
Porque o canto da paz é um grito que vence o furor,
Que não teme a força bruta, que não teme mesmo a morte... 

 E tão forte foi o canto da paz 
Que, um dia, num dia de muita claridade, 
Mandela, que nasceu livre, 
 Reencontrou a liberdade
 E, a ela, de mãos dadas, fez esquecer a ideia de norte e sul: 
Vestiu-se com as cores todas da diversidade,
 E, entre os homens de pele branca e de pela escura,
 Passou a conviver no coração de todos
 Com o nome de fraternidade, 
Até que, um dia, foi chamado, de novo, de paz,
 Nos braços do Pai de toda a humanidade...

 Natal, 6 de dezembro de 2013.

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