sábado, 26 de janeiro de 2013

CARTAS DE COTOVELO – 2013.8 - POR CARLOS ROBERTO DE MITRANDA GOMES - ESCRITOR E VERANISTA.



 APOLOGIA DA PREGUIÇA 

 A preguiça, segundo os léxicos, é um estado de inação que inibe a apetência para o trabalho. Na conceituação dada pelo costume, é um torpor que reduz a atividade laborativa. Pode até ter todos esses significados e ser algo não condizente com o normal. Contudo, quando se está num veraneio, diria que a preguiça vira um estado de graça para o corpo cansado de guerra a merecer uma justa reparação, indiscutivelmente prazerosa e bemfaseja. Assim diz um poeta, que Odúlio Botelho colheu o nome através de Gilson Barbosa, sobrinho do grande Gil Barbosa, como sendo VERÍSSIMO DE MÉLO: Coisa boa é querer bem Ter alguém, namorar. Coisa boa é um xodó, um fobó, vadiar. Coisa boa é o mar e o luar, É caju com pitu, Cafuné, cochilar. ....... Esses versos são um prelúdio à preguiça, sobretudo em sua estrofe final: Coisa boa que se diz e que se faz Na hora que a gente quer. Coisa boa é uma casa, Numa praia, num alpendre, Uma rede e uma mulher. A lembrança me trouxe essas coisas e, preguiçosamente resolvi anotar em um caderno, pois após um bom churrasco e a brisa que sopra do mar não permitem que demore muito fora do ventre da minha rede. Aaahhaaarrr ..... coisa boa é ......

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