O dia acorda radiante de luz, pois hoje se iniciam as comemorações do nascimento do Menino Jesus.
A natureza oferece de pronto, com os primeiros raios solares, o desabrochar de plantas nativas e o mar acolhe os banhistas madrugadores numa calmaria própria de dezembro. A fotografia retrata uma planta que ainda não identifiquei, lado a lado das sempre alegres xananas.
Um tanto diferentes os cenários naturais, pois as pedras resolvem sair do seu abrigo e ficarem à mostra, como já não fazia nos últimos anos.
O lodo deixa aparecer os seus cabelos verdes num belo contraste com o escuro ou amarelado dos paredões de pedras e os ‘aratus’ caminham apressados e em desordem em busca de alimento farto.
A brisa acalenta os corpos suados do calor do verão.
E o mar – prefiro o da tarde, pois numa temperatura paradisíaca, renovando os encontros e reencontros com a areia, cobrindo as inscrições dos românticos ou das crianças feitas em seu regaço – ‘areias portadoras de saudades, saudades de quem tem amizade de um alguém, muito além’ (na inspiração de Dozinho em sua Ode a Ponta Negra).
Cotovelo, infelizmente, já não tem os coqueiros que cresciam bastante, querendo o céu alcançar, nem os seus frutos que desciam constantes, querendo ficar com o mar (ainda na invocação de Dozinho).
Há um encantamento que nos traz a infância quando a criançada empina as suas pipas na direção do infinito.
Contudo, no barulhar das ondas e passar do tempo, o céu exagera em sua beleza, já no começo do adormecer do sol, onde as nuvens nos surpreendem criando formas no desenhar de cada olhar.
Tudo indica que teremos um Natal de beleza e paz, de amor para muitos, de tristeza para alguns e até de indiferença para outros.
Encontros e desencontros podem acontecer, mas é Natal. Benvindo Menino Deus.
FELIZ NATAL PARA A HUMANIDADE.
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