Chegou a hora de dar adeus ao veraneio em Cotovelo 2013/2014. As obrigações nos convocam a retornar à selva de pedra.
Às vezes chego a pensar que veranear é um exercício de masoquismo, pois após momentos lúdicos somos abruptamente chamados à realidade e forçados a deixar tudo e voltar à rotina.
São coisas impostas pela vida!
Em Cotovelo vivenciamos dias e noites que ficarão gravadas em nossa memória familiar e individual. Com especial carinho registro os parentes que vieram abraçar Rosa em seu aniversário e ontem, os seus velhos colegas do Colégio das Neves – dois momentos inesquecíveis.
O contato com a natureza. A visita permanente dos parentes e amigos preencheram os dias do veraneio, aliados à paz para boas leituras, filmes selecionados, escrever minhas Cartas e meditar, num caleidoscópio de emoções permanentes.
As mensagens dos amigos nos confortaram e fizeram fortalecer nossas amizades, não deixando que o tédio tomasse conta dos muitos momentos de solidão.
Este ano atrevi-me a escrever mais que o normal, arriscando a primeira experiência no campo do romance ou conto. Vou ainda fazer algumas complementações e verificar se valeu a pena – o tempo dirá.
Fica um pouco de saudade desses momentos tão agradáveis vividos, na esperança que nenhum imprevisto impeça a volta quando outro verão chegar.
Esperamos que as coisas evoluam para as melhorias do sistema de esgoto, tão badalado, mas ainda sem funcionamento; que a edilidade e o MP resolvam a poluição sonora das casas de show em Pirangi, que se estende a Cotovelo e nos deixem em paz, sem quebrar a placidez dos momentos que procuramos descansar; que a comunicação via internet seja facilitada.
Confesso – a nostalgia invadiu o meu espírito. Fui dar a última vista d’olhos no mar de janeiro. Sentei-me no alpendre e ouvi vários discos de Edith Piaf; li os jornais do dia; joguei uma partida de dominó com Carlos Neto e agora vou aguardar a irradiação do primeiro jogo oficial da Arena das Dunas. Vou dormir a última noite do verão de Cotovelo, pois amanhã enfrentaremos o caminho da volta.
Não quero olhar para traz para evitar a sensação desagradável da partida. Se tudo correr bem, voltarei nos finais de semana para interromper a prescrição, como me dizia sempre o saudoso amigo Mário Moacyr Porto (sempre repito isso porque é gostoso.
Cada dia tem o seu próprio problema e o tempo pertence a Deus!
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